Cirurgias de catarata começam a ser feitas em Praia Grande

Unidade Móvel está instalada no Hospital Irmã Dulce

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A Ação Integrada de cirurgias de catarata já começou. O mutirão vai beneficiar cerca de 2 mil pessoas que aguardam agendamento pelos governos estadual e federal. Diante da indefinição, o serviço foi todo custeado pelo Governo Municipal. Para atender os pacientes, uma carreta equipada com consultórios, centros cirúrgicos e sala de exames, está instalada no pátio do Hospital Municipal Irmã Dulce (HMID).

Conforme o secretário de Saúde Pública, Cleber Suckow Nogueira, uma importante vantagem da carreta é a não ocupação dos leitos do hospital para a realização das cirurgias. “Com essa unidade móvel, não vamos ocupar um único leito sequer. Todos os procedimentos serão realizados na unidade, o que não altera em nada a rotina do hospital, que já é bastante pesada”, ressaltou.
O atendimento começou a ser feito ao meio-dia com a distribuição de senhas e realização de exames. Estão previstos os serviços de consultas e exames pré-operatórios, que ocorrerão diariamente.

De acordo com o Diretor Geral do Complexo Hospitalar Irmã Dulce, Dr. Ricardo Carajeleascow, a unidade móvel tem capacidade para realizar até 100 cirurgias por dia. “O número diário a ser feito depende dos órgãos regulatórios da fila e do estado de saúde do paciente. Além de devolver a visão a estas pessoas, com este gesto, o prefeito Alberto Mourão restitui a dignidade e a alegria de viver a cada uma delas”, considerou.

Há dois anos e meio esperando por uma resposta para a cirurgia em um dos olhos, o aposentado José Martins de Carvalho revelou que já estava pensando em providenciar o procedimento na rede particular. “Estava preocupado, tenho apenas 50% da visão em um dos olhos. Pensei em juntar um valor para pagar pela cirurgia, mas custa em torno de 5 mil reais. Fiquei maravilhado em saber que finalmente vou poder fazer esta cirurgia”, disse.

A dona de casa Ivete Maria da Conceição há quatro anos esperava ser chamada no Ambulatório Médico de Especialidade (AME), de Praia Grande, onde iniciou o atendimento, assim como todos os demais pacientes na fila. “De tanto esperar, meus exames até venceram e tive que fazer tudo de novo. Estou ansiosa em poder fazer as coisas sem ajuda de ninguém”, revelou. Segundo a cabeleireira Cristiana Amaral Patrocínio, a avó já estava sem esperanças. “Ficamos surpresas com a notícia, estamos muito felizes por saber que agora vai acontecer”.

Morador do bairro Ocian, outro aposentado, Pedro Cavalle, também se disse surpreso, porque estava na fila de espera havia mais de dois anos. “Quando ligaram para minha casa me convocando para a cirurgia, achamos até que era um trote porque nem acreditamos, por ser bom demais pra ser verdade”, confessou.

O anúncio sobre o mutirão foi feito no Anfiteatro do HMID pelo prefeito Alberto Mourão, na última sexta-feira (19/1), ocasião do aniversário de 51° ano de emancipação político-administrativa de Praia Grande, quando visitou a unidade móvel instalada no estacionamento do hospital. A carreta possui dois consultórios médicos, três centros cirúrgicos, sala de exames oftalmológicos e recepção, além de uma plataforma de acessibilidade (elevador).

MAIS CONQUISTAS – Além da entrega do serviço, o prefeito Mourão anunciou outras conquistas para o Município na área da saúde como a aquisição de 43 aparelhos hospitalares, sendo 14 cardioversores (desfibriladores), dois aparelhos de anestesia, 14 monitores multiparâmetro, três conjuntos de laringoscópio e 10 aparelhos de fototerapia. “Os equipamentos somam mais de R$ 889 mil e são provenientes de emendas parlamentares, inclusive do próprio prefeito de Praia Grande quando era deputado federal”, sublinhou o secretário de Saúde Pública.

Impaciente em relação ao impasse na obtenção de recursos para realização de cirurgias eletivas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), o prefeito de Praia Grande, que também preside o Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), destacou, ainda, o início da Ação Integrada de Cirurgias Eletivas. “Vamos zerar a fila de espera atual com a realização de, ao menos, 1.700 procedimentos a partir desta semana”, afirmou Mourão.

Serão contempladas todas as especialidades médicas, inclusive as mais requisitadas como cirurgias de hérnias em geral, seguidas por cirurgia plástica, de colelitíase, cirurgias infantis, ginecologia cirúrgica, vascular, otorrino, cirurgia geral, vasectomia, cirurgia urológica e laqueadura.

Todos os procedimentos serão realizados no Complexo Hospitalar Irmã Dulce, gerenciado pela Fundação ABC (FUABC) e que receberá aporte de aproximadamente R$ 2,5 milhões para as cirurgias eletivas. “O SUS nos disponibiliza apenas R$ 350 mil. Acabamos assumindo esta responsabilidade porque que não dá mais para aguardar uma solução dos governos Estadual e Federal”, pontuou o prefeito.

As ações fazem parte das metas do Plano Municipal de Saúde Pública 2018-2021, que prevê as principais prioridades na área nos próximos anos.

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