Spinning e corrida – as vantagens de cada atividade

Cada modalidade pode queimar mais de 800 calorias por hora e ambas trazem enormes benefícios para o sistema cardiovascular e fortalecimento dos músculos

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Apesar de existir um valor médio para a perda de peso, a intensidade é fator determinante.

Na hora de escolher qual exercício praticar, a maioria das pessoas se baseia nos níveis de queima de calorias, visando eliminar os indesejáveis quilinhos extras. Para esse objetivo, corrida e spinning (conhecido também como “pedalada indoor”) são ótimas opções. Atividades aeróbicas rítmicas, ambas, envolvem grande volume muscular.

Segundo os cálculos gerais do American College of Sports Medicine uma pessoa de 80kg irá queimar cerca de 1.000 calorias em uma hora de corrida. Já pedalando em uma velocidade constante de 18 a 25km/h queima cerca de 850 calorias. “É claro que os dados são relativos. Apesar de existir um valor médio para a perda de peso, a intensidade é fator determinante”, comenta a doutora Karina Hatano, médica do exercício e do esporte.

Entretanto, a corrida apresenta alguns aspectos negativos, pois oferece mais riscos de lesões que podem se tornar crônicas, principalmente no joelho, quadril e tornozelo. Já o spinning é mais suave por ser de baixo impacto, traz enormes benefícios ao sistema cardiovascular e ajuda a fortalecer pernas e coxas. É preciso apenas ficar atento à postura e ajustar o assento conforme a altura do praticante. “As duas irão proporcionar a melhora da capacidade aeróbica que, por sua vez, está intimamente ligada a uma vida mais longa e risco reduzido de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e obesidade”, comenta a doutora Karina.

Para produzirem resultados significativos, é fundamental a orientação de um especialista que terá condições de avaliar, prescrever e acompanhar a realização das atividades, indicadas para cada caso. Ele fará uma análise para identificar o gasto calórico do paciente, avaliará as condições de saúde mediante exames clínicos e laboratoriais e vai elaborar um cronograma planejado fornecendo toda a orientação, inclusive no que se refere à alimentação adequada. “O programa de treinamento deve ser individualizado, estabelecendo as metas e as intensidades para cada um. É imprescindível respeitar as limitações, adequando modalidades e objetivos pessoais”, explica Karina.

Não há como responder qual é o exercício ideal, isso depende de cada indivíduo. A melhor atividade será aquela que a pessoa mais gosta e o recomendado pelo médico após avaliação. E, se liberado pelo especialista, pode inclusive associar as duas modalidades.

Na dúvida, escolha ambas
O spinning, por ser um esporte sem impacto, os músculos sofrem menos traumatismos. Isso significa que não prejudica as articulações e nem a musculatura. Mesmo depois de correr 21km ou até 40km é possível realizar o treinamento sem nenhum problema.
Trata-se de uma boa alternativa para pausas. “Recomenda-se depois de um longo tempo participando de corridas, fazer uma série de treinos regenerativos. Assim sendo, o spinning serve para o atleta se recuperar mais rapidamente e importantíssimo para o corpo reparar os volumes elevados de atividade física”, comenta Karina.
Como trabalha, principalmente, a capacidade aeróbica ajuda o corredor a construir uma base mais forte para correr na rua e ao mesmo tempo melhorar a saúde cardiovascular. O coração fica mais forte porque durante o exercício bombeia mais sangue e a circulação é maior. Como resultado, a frequência cardíaca diminui.
Além disso, pedalar tonifica e fortalece a parte inferior do corpo e, para corredores, é muito importante ganhar força em todos os músculos da perna, ajudando a evitar lesões. Outro detalhe é que muitas vezes, o atleta não consegue treinar por fatores climáticos ou de horário. Assim sendo, o spinning é uma alternativa à corrida e irá proporcionar o mesmo resultado de fortalecimento.

Sobre a Dra. Karina Hatano
Karina Hatano é médica do exercício e do esporte, mestre em Medicina Esportiva pela Universidade Federal de São Paulo, onde também realizou a Residência Médica em Medicina do Esporte, além de acumular especialização em fisiologia do exercício e nutrologia. Preceptora da Medicina Esportiva da Universidade Federal de São Paulo e professora da Liga de medicina esportiva da UNIFESP, também é responsável pela saúde de atletas de alta performance de diversas modalidades esportivas, como da seleção brasileira de natação e das confederações brasileiras de beisebol e softbol.

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