Etapa nacional do BOCUSE D’OR é o destaque do último dia do SIRHA SÃO PAULO

Concurso mais importante da alta gastronomia no mundo traz chef Daniel Boulud como presidente de honra do júri

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Luiz Filipe de Azevedo e Souza foi o grande vencedor e disputará a etapa continental, em abril no México

Um time de grandes chefs do Brasil e do mundo esteve presente no último dia do Sirha São Paulo, em 16 de março. O São Paulo Expo foi agitado pela etapa nacional do Bocuse d’Or, que escolheu Luiz Filipe de Azevedo e Souza (São Paulo – SP) para ser o representante do Brasil na fase continental do concurso, em abril no México. Por ter vencido, ele faturou o equivalente a R$7 mil em barras de ouro. Já Ricardo Dornelles (Porto Alegre – RS), que levou o segundo lugar, recebeu R$3 mil e, para Danilo Nakamura, terceiro colocado, o prêmio foi de R$2 mil, todos em barras de ouro.

O júri responsável pela escolha contou com o chef Daniel Boulud como presidente de honra e Helena Rizzo (chef do restaurante Maní) como presidente. Os outros jurados foram Felipe Bronze, Thierry Buffeteau, Gabriel Matteuzzi, Emmanuel Bassoleil, Rodrigo Martins, Oscar Bosch, Ana Luiza Trajano, José Barattino, Bruno Rappel e Dayse Paparoto.

O ingrediente obrigatório deste ano para a categoria peixes foi o Salmão do Alasca, fornecido pela Alaska Seafood, patrocinadora Gold do concurso. “Temos muito interesse no Bocuse d’Or não apenas para divulgar nossa marca, mas principalmente para apoiar e ajudar a formar uma nova geração de chefs”, disse Carolina Nascimento, manager partner da empresa. Já na categoria carne, o Porco Mangalitsa, oferecido pelo Consulado da Hungria e pela Bassar Carnes Premium, também patrocinadores da disputa, foi o insumo indispensável para a confecção do prato. Zsuzsanna László, cônsul comercial e representante do Consulado Geral da Hungria em São Paulo, ressalta o orgulho da entidade em participar da competição: “Estamos felizes porque, pela primeira vez, o concurso Bocuse d’Or utilizou uma matéria-prima estrangeira. O Porco Mangalitsa é uma carne muito especial, que agora todo o Brasil, e em breve toda a América Latina, vai conhecer”.

Luiz Filipe preparou um filé de salmão do Alaska levemente curado na beterraba, cozido à baixa temperatura ao beurre blanc, com pupunha cozida no tucupi e grelhada, alho-poró confitado com creme de ouriço e cebola assada com óleo de carvão. Juntamente a um carpaccio do Porco Mangalitsa mi-cuit, o jovem chef preparou um mosaico com mostarda e cogumelos ao sauce Robert, maçã gelificada com coentro, biju com mandioca defumada e pimenta Cambuci, cromequis de foie gras e tartufo nero.

Toda a preparação dos candidatos foi comandada por Giovanna Grossi, presidente do comitê brasileiro do Bocuse d’Or e vencedora do concurso em outras edições no Brasil e no México. Para ajudá-la na tarefa, a alagoana convocou grandes nomes da cozinha, como Laurent Suaudeau, como Chef Conselheiro do Comitê Bocuse d’Or, Victor Vasconcellos – como vice-presidente do comitê -, além de Andrews Valentim, Bel Coelho, Onildo Rocha, Geovane Carneiro, Guga Rocha, Thomas Troisgros e Ivan Ralston. “Temos que cuidar para que o vencedor seja organizado e saiba trabalhar em conjunto, assim estará apto para representar o Brasil na etapa continental”, disse Giovanna, ao orientar sua equipe e a de jurados.

Durante a solenidade de entrega do prêmio, Marie-Odile Fondeur, diretora mundial do Sirha, fez uma homenagem a Paul Bocuse, criador do concurso, falecido em janeiro. Disse que Bocuse adoraria ver os jovens competidores em suas performances e que estaria muito feliz com cada trabalho apresentado. Foi feito um minuto de silêncio à memória do chef.

No Lounge do Conhecimento, do Sebrae, o último dia do Sirha São Paulo também contou com palestras sobre cervejas artesanais, tecnologia, competitividade, desafios, oportunidades e modelos inovadores de negócios no setor. Debates sobre a valorização dos sabores da Serra da Mantiqueira, Food Styling e a importância da governança nos meios de hospedagem foram destaques no Segundo Seminário Senac Gastronomia – Saberes e Sabores: a hotelaria põe a mesa desta sexta-feira.

Para fechar com chave de ouro, também na área de bebidas, o Bar Sirha recebeu as palestras “Omotenashi”, em que Yasmin Yonashiro falou sobre a hospitalidade japonesa aplicada ao sakê; Luís Nascimento apresentou “Gim, a bola da vez”, Felipe Januzzi falou sobre destilados brasileiros e Kellly Stein apresentou “Caféstronomia – o café além da conta”.
Sobre o Bocuse d’Or

Criado em 1987 por Paul Bocuse, o Bocuse d’Or reúne a cada dois anos, em Lyon, 24 promissores jovens chefs dos cinco continentes. Os finalistas são determinados após dezoito meses de etapas seletivas, em 63 países. Mais que uma mera competição, o Bocuse d’Or é um verdadeiro show de talentos da gastronomia.
Considerado inovador desde sua criação, foi o primeiro concurso em que os candidatos preparavam o prato ao vivo, em frente à plateia e aos jurados. A próxima edição do Sirha Lyon será em 2019.

Sobre o concorrente selecionado para a próxima etapa:

Luiz Filipe de Azevedo e Souza (São Paulo – SP)

O paulistano de 27 anos é formado em Gastronomia pela Universidade Anhembi Morumbi e especializou-se em cozinha à baixa temperatura pelo International Culinary Center em Nova York. Foi candidato finalista no Bocuse d’Or Brasil em 2015. Braço direito do chef italiano Salvatore Loi, iniciou a carreira no Fasano e vem acompanhando seu mentor pelos restaurantes Girarrosto, Mozza Bar, Loi Ristorantino e o atual Salvatore Loi. Prestou consultorias para os italianos Piselli e Piselli Sud e passou pelo renomado Reale, localizado na cidade de Castel di Sangro (Itália), 3 estrelas Michelin.

Patrocinadores Bocuse d’Or

A Cielo é patrocinadora máster do Bocuse d’Or. A Bragard, a Agrobonfim, a Ajinomoto, a Alaska Seafood, a Bassar Carnes Premium, o Consulado da Hungria e a Nespresso são patrocinadores Gold do concurso.

Website: http://www.sirha-saopaulo.com.br

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