Como o urbanismo garante qualidade de vida para os moradores de uma região

Antes mesmo da construção dos imóveis, o urbanista é o profissional encarregado de garantir um projeto que atenda as diferentes necessidades da população

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No Dia Mundial do Urbanismo, a urbanista Raquel Dei Santi fala um pouco mais sobre a importância desses profissionais para a qualidade de vida nas cidades.

Quando o assunto é a construção de casas, prédios e condomínios, dois profissionais são sempre lembrados: o arquiteto e o engenheiro. Nesse meio, uma participação é quase sempre esquecida, a do urbanista. “O papel desses profissionais é fundamental para termos qualidade do espaço onde vivemos. É nas cidades que acontece a mistura de ideias, valores e culturas, que não só amplia as fronteiras do conhecimento como nos torna mais empáticos, produtivos e criativos. Esse contato é muito melhor aproveitado quando os ambientes são planejados”, explica Raquel Dei Santi, arquiteta e urbanista da Cemara Loteamentos, empresa que atua na área de planejamento urbano no estado de São Paulo.

De acordo com Raquel, o posicionamento estratégico de bairros planejados como os desenvolvidos pela Cemara Loteamentos, empresa que desenvolve loteamentos no interior de São Paulo, dá valor ao investimento feito por seus moradores. “Apoiamos nossos projetos no propósito de melhorar a mobilidade dos habitantes daquela região, adequando os espaços ao perfil e interesse de cada um”, diz. Assim, é essencial que esses loteamentos tenham fácil acesso a escolas, hospitais e áreas de lazer. Para que isso seja feito com precisão, os urbanistas devem mapear também o cotidiano das pessoas que moram no entorno desse lugar e traçar seu perfil.

“Além de traçar o perfil da população, é preciso viver nas cidades para sentir seus problemas, assim encontramos as soluções para facilitar o nosso dia a dia”, afirma Raquel. De acordo com ela, para que isso seja feito, o urbanismo também deve estar aliado à tecnologia – que, apesar de permitir conexões a distância, não substitui o contato pessoal e nem conduz ao isolamento. “Podemos, por exemplo, oferecer internet livre e de alta velocidade em uma praça pública e, assim, reunir adolescentes com celulares na mão para jogar games e assistir séries.”

O futuro também deve estar sempre no radar destes profissionais. Isso porque hábitos mudam e, com o avanço da tecnologia, essas alterações acontecem cada vez mais rápido. Por exemplo, de acordo com dados do Instituto Parar, 62% dos jovens não veem necessidade de ter um carro próprio, número que mostra que é preciso pensar em novas estratégias de mobilidade, como aplicativos de trânsito, semáforos inteligentes. “Além dos aspectos tecnológicos, esse tipo de dado reforça que devemos respeitar cada vez mais a locomoção dos pedestres, com calçadas largas, sem buracos e um maior número de faixas de pedestre”, exemplifica Raquel.

Pensar em um bairro também significa estruturar um espaço com diversidade, ou seja, que possa receber moradores de diferentes perfis e que ofereça comodidade a todos. Para isso, é preciso oferecer não só espaço para residências, como também para comércios e serviços. “Além de dar mais conforto a população, essa variedade, aliada à uma boa iluminação pública, aumenta a segurança do local, que acaba por ter circulação de pessoas 24 horas por dia”, diz a Raquel. Ainda segundo ela, para que esse comércio seja bem-sucedido, o urbanista também deve buscar “uma forma de que as pessoas sejam estimuladas a caminharem pela cidade em um percurso mais interessante, sem monotonia”.

Website: http://www.cemara.com.br/blog/

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