Greve dos Petroleiros – hoje haverá assembleia dos petroleiros do litoral paulista

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A greve petroleira, que vem sendo preparada com atos e paralisações desde o anúncio em abril da venda de quatro refinarias e 12 terminais, está muito próxima de ser deflagrada em todo o país.

Para deliberar sobre a deflagração de greve por tempo indeterminado, os petroleiros do Litoral Paulista realizam assembleia nesta segunda-feira (28), na sede e subsede, às 18h30. Petroleiros embarcados nas plataformas de Mexilhão, Merluza e P66 também irão decidir se aderem à greve nas próprias unidades.

Com o novo estatuto do sindicato aprovado, e já registrado em cartório, uma antiga reivindicação da categoria será aplicada pela primeira vez: serão realizadas assembleias na porta das unidades, exclusivamente para os petroleiros dos turnos cujos horários (de entrada e saída) coincidem com o horário da assembleia. Portanto, petroleiros do regime administrativo e de grupos de turno em folga devem comparecer à sede e subsede da entidade.

Duas categorias em luta, uma pauta
Os petroleiros do Litoral Paulista, que já realizaram mobilizações durante toda a semana em suas bases, intensificaram no último fim de semana os protestos contra a privatização da companhia e também em apoio aos caminhoneiros em greve, que enfrentam neste momento ameaças de toda ordem do governo ilegítimo de Temer, incluindo a repressão pelas mãos do Exército.

No sábado (26), os petroleiros da Refinaria de Cubatão e UTE Euzébio Rocha cortaram a rendição do turno das 15 horas. Neste domingo, logo pela manhã, houve novo corte na rendição do turno nas duas unidades. No período da tarde, às 16 horas, os petroleiros do Terminal Alemoa cortaram a rendição do turno da unidade, localizada na área portuária de Santos.

As pautas das duas categorias, petroleiros e caminhoneiros, se combinam ao ter como uma das principais demandas a redução dos combustíveis. Por isso, não só apoiamos os companheiros, como entendemos que é fundamental a categoria petroleira entrar em cena.

É nosso papel, mobilizados contra a atual política de privatizações de Temer e Parente, demonstrar à sociedade brasileira que a resposta à atual crise está no resgate de uma Petrobrás forte, a serviço do povo brasileiro. Por isso, exigimos o fim da atual político de preços da Petrobrás e o cancelamento imediato da venda das refinarias e terminais, que  beneficiam somente o mercado estrangeiro. A alta do diesel e gasolina favorece os planos do atual governo, que é a venda de ativos valiosos da Petrobras a preço de banana.

Devemos e temos plenas condições de aumentar nossa capacidade de refino e com isso diminuir as importações de derivados, medida fundamental para baixar os preços dos combustíveis. Reduzir impostos, onerando o povo brasileiro através de outras medidas, não é a solução. A solução está no combate à política entreguista de Temer e Parente, cujas medidas atendem única e exclusivamente o mercado internacional.

O pré-sal brasileiro, cujas reservas de petróleo e gás estão estimadas em mais de 160 bilhões de barris, é uma realidade que nos oferece plenas condições para a auto-suficiência energética. Não precisamos ficar reféns das oscilações do dólar e muito menos do preço do barril internacional, sempre afetado pelas crises e guerras internacionais. Essa dependência é uma escolha política. E, por isso, ela deve ser derrotada!

Por fim, repudiamos as ameaças de Temer sobre a legítima greve dos caminhoneiros, assim como os pedidos de intervenção militar por grupos reacionários que tentam apresentar como saída a volta à ditadura militar. A ameaça de repressão sobre os caminhoneiros, feita por ministros de Temer, se apoia principalmente no Exército. Portanto, nenhuma tolerância aos inimigos da democracia e da liberdade!

Vamos demonstrar que a categoria petroleira, junto com os caminhoneiros e com os trabalhadores da Eletrobrás, tem condições de reverter todos os ataques à nossa soberania e de apresentar uma saída popular, dos trabalhadores, ao grave momento político que atravessamos hoje.

Fonte: Sindipetro LP

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