O aumento na quantidade de pedidos de visto para residência nos EUA apresentados por vários estrangeiros, incluindo brasileiros com perfil empresarial, pode provocar mudanças significativas no valor de investimento. Pelo menos é o que cita um trecho do projeto de lei que será analisado pelo Congresso em setembro que prevê dobrar o valor exigido para negócios. Segundo especialistas, a melhor alternativa para se escapar desse aumento é procurar franquias para investir. O setor de franchising nos EUA faturou em 2016 US$ 868 bilhões, é responsável por 9 milhões de empregos diretos e gera mais de US$ 541 bilhões para o PIB do país.
Esses números crescem se forem considerados o efeito cascata que proporciona. Neste caso, os empregos, somando os indiretos, chegam a 12 milhões e a contribuição ao PIB ultrapassa a casa de US$ 1 tri. A injeção de dinheiro nos Estados Unidos é um dos poucos caminhos para a migração legal no país e o aumento na procura por essa modalidade faz a Casa Branca centrar esforços para aprovar novas regras para o Programa EB-5 (nome técnico do visto de investidores que permite a legalização), tentando passar de US$ 500 mil para US$ 1 milhão os valores do aporte financeiro.
Embora as mudanças previstas afetem mais o visto EB-5, advogados e especialistas acreditam que elas possam gerar também um grau maior de dificuldades para outros vistos emitidos.
Para o brasileiro, o visto E-2, programa exigido para franquias, atende imediatamente aos interesses de quem quer investir nos EUA. Embora não garanta a residência permanente imediata das pessoas, é um caminho eficiente para se chegar ao Green Card no futuro quando atende às necessidades do mercado americano.
Mas com o endurecimento das leis de imigração sob a administração de Donald Trump, os brasileiros estão com os pés no chão e descobriram que migrar exige bastante conhecimento.
Segundo Eliete Negrão, uma das consultoras mais experientes sobre o mercado americano, as pessoas sabem que um grande caminho é empreender em franquias e cada dia mais elas procuram ajuda profissional para avaliar sobre oportunidades com menos riscos e locais onde morar.
“Eu procuro analisar o DNA do projeto. Faço uma ampla pesquisa de mercado e sei dizer onde aquele empreendimento pretendido pode ser aplicado”, explica Eliete, sócia da NewHome Programs, empresa com escritórios em Orlando na Flórida e São Paulo.
Ela cita que muitas pessoas se legalizam com investimentos relativamente pequenos porque entram em ramos carentes e de necessidade extrema nos Estados Unidos. Há famílias orientadas por Eliete que não possuíam fortunas e investiram pouco mais de US$ 50 mil na compra de franquias geralmente conhecidas apenas por técnicos. Caso, por exemplo, de quem adquiriu franquia de limpeza de cocô de cachorro. Elas servem em condomínios, espalhando cestas de coleta e sacos para os donos de animais recolherem os detritos e jogarem fora.
Para ter sucesso, ressalta Eliete, o brasileiro precisa saber onde irá investir e em que tipo de negócio. Segundo ela, mais de 80% de seus clientes primeiro procuram o negócio que vão montar e depois escolhem o local onde morar.
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