Medidas apresentadas pelo Governo do Brasil desde o ano passado têm facilitado o empreendedorismo no País, em especial para micro e pequenas empresas. Iniciativas como o Crescer sem Medo, sancionada ano passado, e a oferta de mais de R$ 9 bilhões em crédito influenciam positivamente no setor campeão na geração de empregos.
Na avaliação do presidente do Sebrae, Guilherme Afif, as medidas representam um “grande passo” no sentido de facilitar o ambiente de negócios. “Estamos exatamente nas vésperas da introdução de uma nova medida que vai facilitar a vida do empreendedor”, afirmou ele, durante a abertura do Seminário Global de Empreendedorismo.
Sancionada em 2016, o Crescer sem Medo prevê uma série de simplificações e condições melhores para os pequenos negócios, como a ampliação de 60 para 120 dias no parcelamento de dívidas e o aumento do teto de faturamento para que as empresas saiam do Simples Nacional.
Para Afif, essas modificações são necessárias. Facilitar a vida dos empreendedores é o caminho para o desenvolvimento do País. Embora muito já tenha sido feito, a exemplo da regulamentação da terceirização e a modernização trabalhista, ainda é necessário avançar.Avanços
Essa é a opinião também da coordenadora de mobilização da organização em prol do empreendedorismo Endeavor Brasil, Gabriela Torquato. “É fundamental que o poder público ajude a diminuir esses obstáculos, tornar mais fácil a vida do empreendedor”, defendeu, em entrevista ao Planalto.
De acordo com a empresária, os principais desafios do empreendedor brasileiro estão na alta carga de burocracia e no complexo sistema tributário brasileiro. “Muita coisa está sendo feita, mas ainda há um longo caminho”, apontou.
Atualmente, o Governo do Brasil atua para resolver essas demandas. Em parceria com o Sebrae, foi lançado o programa Empreender Mais Simples, que prevê, entre outros pontos, a diminuição do tempo gasto para abrir empresas. Além disso, uma comissão especial da Câmara dos Deputados analisa medidas de simplificação tributária.
Política econômica
Grandes criadores de emprego, os pequenos negócios também foram beneficiados pela mudança na política econômica. Segundo Afif, a condução de uma nova política levou a uma redução da inflação e dos juros, o que beneficia os empreendedores brasileiros.
“Num instante, a inflação que era de 12% caiu para pouco mais de 3%, o que tem beneficiado os juros”, afirmou. Ele classificou este ano como o de “recuperação” e afirmou que empregos já são criados entre as micro e pequenas empresas. “[A recuperação] Já começa a ser demonstrado no saldo de cargos que são gerados pelas micro e pequenas empresas”, disse.
Fonte: Planalto, com informações do Sebrae