Escola faz a diferença com o Núcleo de Altas Habilidades para estudantes com traços de superdotação – iniciativa pioneira no Grande ABC paulista

Inédito na região, o objetivo do núcleo do Liceu Jardim é atender, acolher e incentivar estudantes que apresentem traços de superdotação.

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Núcleo de Altas Habilidades
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O Colégio Liceu Jardim, atento ao tratamento diferenciado necessário para crianças com altas habilidades, criou o Ingenium, Núcleo de Altas Habilidades – iniciativa inédita na região, com o objetivo de acolher e incentivar estudantes que apresentem traços de superdotação em uma ou mais áreas da inteligência.

As crianças com altas habilidades costumam aprender facilmente, são originais e inquisitivas, segundo dados do MEC (Ministério da Educação). O aluno com altas habilidades, em geral, apresenta um desempenho acima da média, porém muitos traduzem seus talentos em habilidades que não são quantificadas pelas ferramentas comuns de avaliação. “O Ingenium ajudou a me descobrir e aprofundar em um mundo de aprendizados que a sala de aula nem sempre permite”, Julia Ferreira – 1º série do Ensino Médio.

O Ingenium é coordenado pela Profª. Rosana Oliveira Silva. Com encontros semanais, os alunos realizam atividades utilizando jogos de tabuleiro, charadas de raciocínio e aulas experimentais diversas que estimulam as múltiplas inteligências. “O Ingenium me ajudou muito a conversar mais com as pessoas e fazer novas amizades. Ajudou também na criatividade, comecei a criar vários projetos”, conta o aluno Marcelo Domingos que participa desde o início do núcleo. Uma das invenções de Marcelo foi a construção de um jogo de RPG em toda sua lógica e dinâmica.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Superdotação (ConBraSD), cerca de 8 milhões de brasileiros possuem altas habilidades, ou seja, em torno de 5% da população. Mesmo assim, há ainda grande deficiência no diagnóstico e na oferta de atendimento educacional especializado. Pesquisas estimaram que no Brasil existiam, em 2009, 2,5 milhões de alunos com altas habilidades nos Ensinos Fundamental e Médio, mas somente 3,5% a 5% foram identificados.

Segundo a escola, um superdotado não é perito em todas as áreas. Sua habilidade pode ser geral ou específica para determinado campo de conhecimento. Uma pessoa pode ser muito eficiente em exatas e, ainda sim, não ter a mesma habilidade com linguagem. Apesar da facilidade no aprendizado, uma criança com altas habilidades precisa de acompanhamento específico durante a idade escolar, pois boa parte delas apresenta dificuldades de convivência e medo da não aceitação social, o que pode desencadear ansiedade, solidão e até depressão. “Às vezes o dia a dia é estressante e o Ingenium deixa a gente confortável. É aqui que encontramos espaço para se soltar do peso do mundo e relaxar”, Pedro Noel, 7º ano do Ensino Fundamental.

** ROSANA OLIVEIRA SILVA é pedagoga especialista em identificação e desenvolvimento para altas habilidades e adaptação curricular, licenciada em artes visuais pela FAMEC, pós-graduada em Educação Artística e Mestre em Educação Artística no Patrimônio pela FBAUL – Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa – Portugal. Docente de História da Arte, Desenho de Observação e fundamentos da Arte na Educação nos cursos de licenciatura e pós de Educação e Qualificação Profissional. Professora de artes e cerâmica no colégio Liceu Jardim. Trabalhou com ação pedagógica criando o projeto “Educação Artística no Patrimônio”. Ao descobrir que o filho mais velho tem altas habilidades, Rosana criou o Núcleo de Altas Habilidades, Ingenium. O projeto surge com a necessidade de inserção de atendimento para superdotação na escola, visando o olhar de mãe/professora.

Website: http://www.liceujardim.com.br

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