Cesta de Natal na região tem alta de 4,73% na comparação com o ano passado

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Levantamento realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) em cidades do ABC, com análise de preços de nove produtos que tradicionalmente compõe a Cesta de Natal, apontou uma alta de, em média 4,73% %, em relação aos preços praticados em dezembro do ano passado. Foram verificados pela equipe de pesquisadores os valores aplicados no panetone, espumante chuva de prata, espumante Cereser, e os preços do quilo de chester, tender, pernil, de peru, bacalhau e da uva passa. De acordo com o engenheiro agrônomo responsável pela análise da pesquisa, Fábio Vezzá de Benedetto, a variação do preço dos produtos acompanhou a inflação em torno de 5% neste ano. Contudo, na análise individual, os itens sofreram as oscilações em função de perda de mercado com a chegada de concorrentes, a maior oferta devido a fatores produtivos e o próprio momento econômico frente às tendências de consumo.

Na análise individual do desempenho de cada item, a principal alta foi registrada no preço do tender, que teve o quilo encontrado com preços em média 41,18% mais altos em 2017, na comparação com o ano passado. A uva passa também sofreu uma das maiores altas do período, com o quilo 37,09% mais caro neste ano, na comparação com 2016. Foram registrados aumentos, embora menos expressivos, no panetone (2,55%) e no espumante Cereser (1,84%).

A outra marca tradicional de espumante verificada pelos pesquisadores, a Chuva de Prata, registrou queda de 11,81%, uma das maiores reduções de preço da Cesta de Natal. “Esse resultado pode ter sido provocado por uma perda de mercado devido à chegada de concorrentes. Neste caso houve aumento da presença de importados no mercado a preços competitivos”, destacou Fábio Vezzá de Benedetto.

A maior queda, no entanto, foi registrada no preço do chester, que ficou 17,52% mais barato este ano, seguido pelo bacalhau, que foi encontrado com preços 16,27% mais baixos. “Porém é preciso ter cuidado com a análise dos preços do bacalhau, pois as variações são muito grandes, principalmente por conta da marca, do tipo de peixe, de qual parte é a peça”, explicou Benedetto. Outra carne que ficou mais em conta neste ano foi o peru, com o quilo 5,39% mais barato do que em 2016. Segundo Benedetto, os valores coletados para a pesquisa são os mais baixos encontrados para cada item. No caso do panetone e dos espumantes é necessário determinar marca devido à grande variedade de marcas encontradas no mercado.

Texto: Paola Zanei

Foto: Júlio BAstos

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