
A Prefeitura de São Sebastião em parceria com o Instituto Mpumalanga e o Instituto Candeias vai expor na Casa Brasileira obras dos artistas plásticos Eneida Sanches e Walter Muller, de terça-feira (08/05) até domingo (13/05). Todos os dias as visitações estarão abertas ao público de forma gratuita das 14h às 21h.
As obras do artista Walter Muller serão expostas na mostra, “Na diversidade o encontro de corpos”. O artista, que se divide entre a medicina e a arte, pretende com suas obras, “estabelecer uma relação entre diferentes corpos, ultrapassando os limites da condição social, da cor da pele, de escolhas religiosas, das origens étnica e geográfica, das direções sexuais, dos gêneros”, explica filósofa e terapeuta Doralina Rodrigues, presidente do Instituto Candeias.
“A proposta do Instituto Candeias é a experimentação filosófica, artística e terapêutica, enquanto práticas sociais e também culturais, o que aproxima os dois institutos”, afirmou Doralina, cuja expectativa é a de que o público que visitar a exposição “possa sentir a arte mostrando as diferenças, porém conclamando a um sentido de união”.
Trabalhando em suas telas com figuras que adquirem diversas interpretações de acordo com a variação da luz, Walter Muller dá pistas da ligação de sua poética com a filosofia da diferença de Gilles Deleuze. A intenção do artista é “construir pictoricamente um elemento perturbador” e, para isso, utiliza a figura “não como representação, mas como uma célula osmótica que pode ser esticada, acrescentada de material, cores e sensações…”, completa um Walter Muller fascinado pela complexidade das relações humanas.
As obras da artista Eneida Sanches, vão ser expostas na mostra, “Transe: deslocamento de dimensões”. “Eneida é uma gravadora que já vem de longo embate com o cobre – agora acompanhado pela folha de chumbo”, afirma Marília Panitz, curadora da mostra “Transe: deslocamento de dimensões”.
Ao falar sobre a obra dessa artista plástica, arquiteta e pesquisadora da estética africana e afro-brasileira, Marília explica que, na poética de Eneida, “o corpo a corpo com as superfícies metálicas se expande à medida que a artista subverte a função do metal, que, de suporte-matriz, assume seu lugar no desenho”. Na mostra Transe: deslocamento de dimensões, Eneida traz gravuras de “olho de boi, mergulhos e saltos, inscrições sobre o papel, fricções sobre o metal em uma longa série que se desdobra em instalações, roupas para performance, material base para trabalho em colagem e painéis que transitam pela religiosidade da cultura afro-baiana. Para esta mostra realizada na Casa Brasileira estão os cubos em aço, matrizes e papel gravado nomeados “Transe”, denominação que abarca toda a série e que toma o espaço a partir da parede sobre a qual emerge um terceiro componente que é parte da obra: a sombra”, completa a curadora.
“Uma alegria receber o convite para expor na Casa Brasileira, espaço que já havia visitado pelo site, quando imediatamente me apaixonei por ser um lugar de incentivo à cultura”, conta Eneida Sanches. Além da exposição, Eneida trará para o espaço de cultura, artes e gastronomia do Instituto Mpumalanga,no centro histórico de São Sebastião, a experiência com gravuras, entalhe e manufatura para oficinas com crianças e adultos durante as férias de julho.
Já o médico e artista plástico Walter Muller estará dentro da agenda de rodas de conversa da Casa Brasileira, com “conversações afirmativas” e oficinas de pintura.
Serviço: A Casa Brasileira está localizada Avenida Dr. Altino Arantes (Rua da Praia), no segundo andar da Casa Dória, nº 80. Mais informações pelo telefone, (11) 998388794.
Conheça o portal de anúncios Será que Tem?