A negociação entre o Procon-Santos e representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) sobre as indenizações aos clientes que tiveram seus bens levados no assalto ao banco ocorrido em dezembro do ano passado ainda não chegou ao fim.
Uma nova reunião foi marcada para o próximo dia 24, em Santos, a fim de tentar um acordo sem a abertura de ação judicial. O encontro realizado na terça-feira (3), na Capital, serviu para que as partes envolvidas prestassem esclarecimentos.
Segundo o coordenador do Procon-Santos, o advogado Rafael Quaresma, a maioria das pessoas não têm recibos ou notas fiscais que comprovem o quanto pagaram pelo bem furtado. “Poucas pessoas possuem estes papéis, mas já pudemos ver que, em alguns casos, o valor real é dez vezes maior que o analisado pelo banco”. Caso o órgão ligado à Prefeitura consiga apontar possíveis falhas da instituição bancária, pode ser que se chegue a um novo valor de indenizações. Quaresma ressalta ainda a importância de uma avaliação independente para haver transparência.
Para o banco, a avaliação feita em contrato está de acordo com as regras vigentes. Apesar disso, os representantes da CEF se comprometeram em levar o que foi discutido na reunião para uma nova avaliação interna.
Histórico
Desde o assalto à CEF em 17 de dezembro do ano passado, o Procon-Santos realizou três mutirões para atender os clientes da instituição bancária. Mais de 2,5 mil reclamações foram registradas e, até o momento, já houve reuniões com os representantes da Caixa Econômica Federal para tentar solucionar a questão das indenizações.
Foto: Marcelo Martins/Arquivo