Responsável por mais de 11% do total de água produzida no sistema de abastecimento estadual, a represa Billings em breve ganhará mais um importante aliado na luta por sua recuperação e conservação, com a criação do Parque Estadual (Águas da Billings), que abrangerá área de 187,6 hectares localizada em São Bernardo. A instituição da área foi decretada no final de março pelo então governador Geraldo Alckmin, como compensação ambiental pelo licenciamento do trecho sul do Rodoanel Mario Covas.
A criação do novo parque vai reforçar a política municipal de combate à ocupação desordenada do entorno da Billings, que indiretamente acelera o processo de degradação e poluição da represa. Além de atuar firmemente para impedir invasões e construções irregulares na região do Pós-Balsa – área de proteção ambiental – , após acordo junto ao Ministério Público (MP), a Prefeitura também articulou junto ao governo do Estado o início da primeira fase do Pró-Billings.
O programa irá coletar e tratar 100% do esgoto do Grande Alvarenga até 2020, reduzindo em 700 metros cúbicos o volume de materiais despejados mensalmente na represa Billings. O conjunto de obras irá beneficiar cerca de 250 mil moradores dos bairros Los Angeles, Canaã, Represa, Parque Miami, Pinheirinho e Imigrantes, entre outros.
“Este novo parque certamente vai dar um fôlego ainda maior ao plano de proteção à região de manancial da nossa cidade, que tem sido alvo de inúmeras ocupações clandestinas nos últimos anos, e, principalmente, ao corpo hídrico da represa. É preciso vontade política para recuperar a Billings e por isso agradecemos ao ex-governador Alckmin por este decreto que vem ao encontro das ações que estamos implementando na região”, destacou o prefeito Orlando Morando.
Além do Parque Estadual, o Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) também aprovou a criação da Floresta Estadual (Montanhão), que funcionará como importante corredor ecológico entre as Águas da Billings e o Parque Natural Municipal do Pedroso, em Santo André. De acordo com a proposta aprovada, as novas unidades de conservação serão de proteção integral.
A proposta contempla também regras para futuras atividades nas áreas, com proposta de implantação de um sistema de trilhas interpretativas e um programa de educação ambiental. Também será feito o atendimento de instituições de ensino, com visitas monitoradas. Caberá à empresa Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) a regularização fundiária integral das áreas que compõem a unidade de conservação.
Por: Carla Gragnani
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