Um paraíso chamado Mambaí

Cachoeiras, lagos, cânions e cavernas fazem parte do roteiro de ecoturismo e aventura desse destino turístico do nordeste de Goiás, na divisa com a Bahia

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Por Geraldo Gurgel

É fácil o visitante se encantar por Mambaí (GO). A cidade de sete mil habitantes fica na Área de Proteção Ambiental (APA) Nascentes do Rio Vermelho e tem no turismo sustentável uma das principais atividades econômicas, promovendo a distribuição de renda e o desenvolvimento social na região. Conhecido originalmente como Riachão, o local era conhecido pela produção de látex de mangaba, fruta típica do Cerrado, que era extraído pelos pioneiros vindos da Bahia, que resultou no nome atual, Mambaí.

O Parque Natural Municipal do Pequi é outra área de preservação de ecossistemas de grande relevância ecológica e para o turismo. A geografia privilegiada do local presenteia o turista com uma flora e fauna preservadas, possibilitando o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Esse patrimônio natural, escondido no Vão do Paranã, guarda tesouros pouco explorados pelos turistas que buscam aventura e ecoturismo como tirolesa, rapel, cascading, cachoeiras, cânions, caverna e trilhas que acompanham os leitos dos rios e cachoeiras da região, inclusive cruzando cavernas.

Entre as diversas opções de aventura está a descida na tirolesa que cruza o cânion do Córrego das Dores. Com 102 metros de altura e 320 metros de extensão, é uma das mais altas do Brasil. Do alto, o turista aventureiro tem uma visão privilegiada dos atrativos naturais escondidos na mata enquanto “passeia” sobre o Cerrado suspenso na tirolesa.

Outra descida radical é a cascading – espécie de rapel – na Cachoeira do Funil, localizada no Rio Venturas, com 20 metros de altura. O turista que curte emoção tem a oportunidade de fazer um pêndulo na cachoeira e ver a queda d’água de um ângulo diferente. A aventura torna-se ainda mais fascinante quando o acesso é feito por dentro da caverna que desemboca no pé da cascata.

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A claraboia da Lapa das Dores permite uma descida de rapel de 25 metros pela fenda de acesso ao interior da caverna. O rapel contemplativo passa por estalactites e demais espeleotemas do seu interior e termina no Córrego das Dores. Entre as muitas cavernas da região destacam-se, ainda, a Lapa do Penhasco (1,7 km), situada entre paredões de 80 metros de altura, e a Tarimba. Nesta última foram mapeados, até agora, cerca de 12 km de galerias, revelando todo o esplendor subterrâneo de Mambaí.

A Cachoeira Paraíso do Cerrado é cercada por paredões de até 100 metros do cânion formado pelo córrego São Vital. O lago na base da cascata é ideal para o banho, seguido de barragens naturais formadas por matéria orgânica calcificada. Já o Poço Azul, no Cânion do Rio Vermelho, é formado por um conjunto de três poços de cores exuberantes. Os poços são precedidos de três quedas: 25 metros, 7 metros e 5 metros, respectivamente, no encontro dos cânions do rio Vermelho e do córrego Barreiro.

Com 4,5 km, a trilha Itaguassu, é uma das mais exploradas pelos turistas. A caminhada é uma espécie de resumo das belezas naturais de Mambaí e região. Durante o percurso, o turista se depara com labirintos de rochas e cavernas, entre outros atrativos que fazem da caminhada, encaixada entre os vales e cânions dos rios Vermelho e das Pedras, um passeio muito especial. Além das nascentes, o trekking explora diferentes trechos do Cerrado.

Para conhecer as cachoeiras, cavernas e demais atrações como o pêndulo, rapel e tirolesa, é necessário agendar os passeios com as agências locais. A presença de um guia ou condutor de turismo é obrigatória, tanto para a assegurar a preservação da natureza como para a segurança dos visitantes. Até chegar a esse paraíso natural, o turista viaja 310 km a partir de Brasília e 510 km de Goiânia.

Website: www.turismo.gov.br

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