Vítimas da LER, jovens procuram consultórios médicos para reaprender a lidar com a tecnologia

Smartphones, Tablets, computadores, hoje é raro você observar um jovem que não passe pelo menos uma hora por dia teclando em alguma dessas tecnologias. E o resultado disso eles sentem no pulso, nos ombros, e nas costas.

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O ortopedista Rogério Vidal recebe todas as semanas jovens com os mesmos problemas; “Na verdade, o que se recomenda é que o uso desses aparelhos não ultrapassasse de 20 minutos seguidos. Depois disso é necessário fazer uma pausa para relaxar a postura”, explica ele. Durante o uso de computadores e tablets, quando as pessoas estão sentadas, a cabeça fica “excessivamente para frente, o que acaba gerando uma hipolordose cervical (retificação da curvatura do pescoço). Com o tempo, a hipolordose desgasta o disco intervertebral, amortecedor que fica entre cada vértebra da coluna, o que pode gerar uma hérnia de disco”, completa DR. Rogério. Os riscos são ainda piores para os jovens que teclam deitados na cama, com as mãos em suspensão ou de bruços. Esses efeitos costumam ser sentidos mais rapidamente, junto com torcicolos e dores nos braços.

O ideal é educar esse jovem a ter uma atitude preventiva, usando suportes para computadores e tablets. Esse acessório permite o alinhamento entre a cabeça e tela. Mais difícil é ter atenção à postura durante o tempo de uso dos celulares. Apoiar os cotovelos em uma mesa pode ajudar a amenizar os sintomas que podem afetar até as costas. “É muito comum que esses jovens cheguem aqui com dores nas costas e achem que é por causa de outros motivos”, completa o Dr.

Esforços repetitivos provocam dores porque o uso inadequado dessa parte do corpo causa inflamações nos tendões e nervos. Muitas vezes chegam a apresentar vermelhidão no local, por aumento de temperatura. Outra causa comum entre os jovens é o abuso de exercícios físicos ou a prática de uma carga muito pesada de uma hora para outra, em busca de resultados mais rápidos”.”Eles acham que fazer essas atividades, como musculação, por exemplo, com acompanhamento é frescura, e acabam modificando os exercícios e número de repetições por conta própria. Esse arranhão na disciplina pode terminar na lesão por esforço em áreas cruciais como o joelho, e aí o acompanhamento que parecia chato fica mais chato porque vai para as mãos do fisioterapeuta” alerta o Dr. Rogério. Clinicamente, podem se reverter numa tendinite, tenossinovite, artrite, bursite, cerviclgia, dorsalgia, lombalgia, epicondilite, sinovite, contraturas musculares e outras distensões musculares.

Tratamento:

Cada caso deve ser avaliado individualmente, observando o tipo de atividade exercida pelo paciente.

No tratamento são utilizado analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares, fisioterapia e acupuntura. Em alguns casos é necessário o afastamento temporário do trabalho e imobilização do local.

Após o desaparecimento dos sintomas, é recomendada a realização de atividade física, que vai prevenir outros processos inflamatórios localizados. Principalmente com alongamento e recondicionamento muscular, deixando o indivíduo melhor preparado para as atividades diárias. “Portanto, os exercícios são a melhor recomendação para qualquer paciente e tipo de queixa”, ressalta o especialista.

Dr. Rogério Lima – Ortopedista

www.rogeriolima.com.br

Dr. Rogério Lima é especialista em Coluna pelo Hospital das Clínicas – SP, membro da SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Membro da Sociedade Brasileira de Patologias da Coluna e ainda da International Affiliate Membership of AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons.

Website: http://www.rogeriovidal.com.br

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