Com 51 Municípios de Interesse Turístico, São Paulo investe no setor

Cidades paulistas poderão apresentar projetos de até R$ 550 mil por ano para realização de obras voltadas ao turismo local

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Além do Museu de Paleontologia, Monte Alto conta com turismo religioso, como o Santuário da Virgem Montesina
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Nos últimos anos, o turismo teve uma importante participação no Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo. O setor foi responsável por 10% de toda a arrecadação estadual e está trazendo cada vez mais oportunidades de renda para diversas atividades dos municípios.

Pensando nisso, em maio de 2017, foram sancionadas duas leis que oficializaram 20 cidades paulistas classificadas como Município de Interesse Turístico (MIT). O objetivo da iniciativa é oferecer recursos, por parte do governo do Estado, destinados a investimentos de infraestrutura turística. Com cerca de 550 mil reais por ano, a verba deve fomentar a ampliação e o fortalecimento das atividades econômicas da região.

“Recebemos mais de 50 milhões de turistas por ano e três milhões de famílias paulistas já vivem do setor. Esse número vai crescer muito com a abertura desses novos destinos e a multiplicação de pontos de atração de turistas”, afirma o governador Geraldo Alckmin.

No primeiro decreto, foram definidos como MIT as cidades de Agudos, Barretos, Brodowski, Buritama, Espírito Santo do Pinhal, Guararema, Iacanga, Jundiaí, Martinópolis, Monte Alto, Pedreira, Piedade, Rifaina, Rubineia, Sabino, Sales, Santa Isabel, Santo Antonio da Alegria, Tapiraí e Tatuí.

“Os números do turismo no Estado de São Paulo são impressionantes, uma vez que movimentam até 56 setores da economia e é o único Estado da federação com políticas públicas voltadas à atividade turística. Isto porque o governo paulista acredita no turismo como vetor de desenvolvimento social e econômico”, contempla o secretário de Estado de Turismo, Fabrício Cobra.

O prefeito de Buritana também comemorou o programa e ressaltou a importância de incorporar ao MIT. “Quando o governador anunciou que o munícipio seria de interesse turístico, nós ficamos muito felizes. Com isso, nós conseguimos gerar muitos empregos e muita renda para a nossa cidade”, completa.

Todas as cidades, exceto as 70 Estâncias já existentes, podem integrar a esse grupo. Para participar, os municípios devem preencher alguns critérios, como ter potencial turístico; Conselho Municipal de Turismo; serviço médico emergencial; meios de hospedagem; serviços de alimentação, de transporte, de segurança e de informação e receptivo turísticos; plano diretor de turismo; expressivos atrativos com acessos adequados e infraestrutura básica capaz de atender às populações fixas e flutuantes no que se refere a abastecimento de água potável e coleta de resíduos sólidos.

No segundo semestre de 2017, mais 31 cidades paulistas receberam o título. Monte Alto, na região de Ribeirão Preto, foi uma delas e desde então já criou projetos para ampliar o acesso aos pontos turísticos. “A partir do financiamento do MIT, nós conseguimos criar dois projetos. O primeiro foi melhorar a sinalização das nossas atrações. O outro será a construção de uma concha acústica para receber diversas atividades culturais”, explica o prefeito, João Paulo Rodrigues.

O município, localizado a 350 km da capital, é conhecido por comportar diversos fósseis de dinossauro nas regiões das serras que o envolvem. A partir de 1980, ele passou a ser uma das que mais sistematizaram a busca por vestígios pré-históricos. Sendo assim, o Museu de Paleontologia e o Museu de Arqueologia se tornaram importantes atrativos.

Em todo o Estado, são mais de 40 milhões de pessoas que viajam dentro do território. Deste número, a grande maioria é composta pelos próprios paulistas, que se locomovem por conta de trabalho, lazer, estudo, entre tantos outros motivos. A previsão é que o MIT incorpore, no total, 140 cidades paulistas.

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