Advogado se destaca por tirar brasileiros do corredor da deportação e conseguir o Green Card

Por mais de uma vez, Serviço de Imigração teve que repatriar clientes detidos e até casamento em presídio advogado conseguiu para mudar status de um brasileiro

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No EUA pós-Trump, a deportação de brasileiros cresceu 29% e estima-se que mais da metade do contingente nacional viva ilegalmente no país. Segundo dados do livro Brasileiros nos Estados Unidos, de Alvaro Lima, diretor de pesquisa da prefeitura de Boston, a colônia brasileira é estimada em 1,4 milhão de pessoas que hoje driblam o medo de serem capturadas e deportadas. Na contramão dessa história, um advogado de Massachusetts, consegue sucesso retirando do corredor da deportação alguns brasileiros e conquistando o direito para que eles permaneçam legalmente no país.

O presidente Donald Trump sinalizou diversas vezes desde sua campanha eleitoral em 2016 que pretende focar em um modelo imigratório baseado no mérito profissional o que reflete imediatamente, segundo os advogados americanos, em um aumento da procura pela imigração legal para os Estados Unidos, através dos chamados “vistos de habilidades extraordinárias”.

Segundo dados do Serviço de Imigração dos Estados Unidos, a procura por essa categoria de habilidades extraordinárias cresceu 4% no ano passado em relação a 2016. E a busca do visto de residência permanente por esta via tem atraído brasileiros.

Advogados e especialistas em imigração defendem que profissionais brasileiros altamente gabaritados estão vendo os Estados Unidos como uma porta de entrada para a internacionalização de suas carreiras.

São ex-jogadores que experimentam a vida na Terra de Tio Sam como treinadores de futebol ou artistas que buscam melhor qualidade de vida.

Os vistos de residência por habilidades e talentos extraordinários levam em conta critérios muito exigentes e os profissionais devem ter altíssima relevância nacional ou internacional para algumas subdivisões dentro de suas áreas de atuação. Os candidatos devem apresentar provas e evidências de habilidades extraordinárias em pelo menos três dos dez critérios definidos pelo Departamento de Imigração americano.

É um processo caro, já que requer o pagamento de taxas imigratórias, honorários de advogados e de outros profissionais. Aspirantes ao Green Card por esta via acabam tendo gastos também com um grande volume de traduções e, muitas vezes, têm de investir em gestão da carreira, imagem e comunicação digital. Os custos podem variar entre US$ 11 e 25 mil, somando todos os gastos.

Nas definições divulgadas pelo Serviço de Imigração dos Estados Unidos, para obter o visto de habilidades extraordinárias, o candidato “deve demonstrar habilidades extraordinárias em ciências, artes, educação, negócios ou esportes por meio de sustentada aclamação nacional ou internacional”. As regras citam ainda evidências como prêmios Pulitzer, Nobel, Oscar ou medalhas olímpicas.

Paralelo a isso, há os casos de brasileiros que moram no país e estavam no corredor da deportação e tiveram processos reabertos depois de considerados impossíveis de reverter e receberam o Green Card.

O advogado George Maroun Jr, de Boston, é um dos grandes destaques nesta área. Alguns casos defendidos por seu escritório ganharam notoriedade nos Estados Unidos por serem raros ou inéditos. Um dos mais comentados nos corredores das Cortes americanas envolve um brasileiro. Fábio Araújo havia sido preso pela Polícia de Imigração (ICE) e antes de o juiz dar um parecer ele foi deportado.

Maroun Jr entrou com recurso, mesmo com Araújo já no Brasil, o processo foi reaberto e o ICE levou o brasileiro de volta para a América onde ainda responde judicialmente.

Outro das dezenas de casos chamados de impossíveis defendido por Maroun Jr envolve um casal brasileiro. Danusa (naturalizada americana) e Wellington (o sobrenome foi omitido por segurança) viajaram para esquiar e ele foi preso pelo ICE em New Hamphire, estado vizinho a Massachusetts onde moravam. Como Wellington tinha uma ordem de deportação expedida, a reabertura do processo foi negada e ele voltou ao Brasil. Mas antes de sair dos Estados Unidos, George Maroun Jr levou Danusa ao presídio onde ela casou oficialmente com o brasileiro. Depois foi feito o pedido de perdão e ele voltou para os Estados Unidos já de posse de seu Green Card.

Maroun Jr tem mais de 3 mil clientes catalogados e ativos e é chamado nos corredores das Cortes de “o mago das reviravoltas” por sua capacidade de reverter casos considerados impossíveis por muitos advogados. Seus clientes consideram que seu conhecimento sobre as leis e a enorme capacidade de mostrar o perfil do imigrante o transformam ‘em um craque dos tribunais’, como se referiu a ele Monalisa Gomes, cliente do escritório.

 

Website: http://portalbmnews.com

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