Fundos Imobiliários: o que são e por que investir?

Face à crescente valorização e a recuperação do mercado de imóveis, o ótimo desempenho dos fundos imobiliários tem atraído investidores. Em 2017, o número de cotista cresceu 39% e, nos últimos 12 meses a valorização foi de 18%, em média

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Todo mundo sabe que, quando o assunto é investimento, a preferência do brasileiro sempre foi por aplicar em imóveis. A escolha, que chega a ser uma questão cultural, tem como pano de fundo a instabilidade política e econômica, seja no Brasil ou em outros países. E se a palavra de ordem é segurança, a maioria dos investidores não quer correr os riscos do mercado financeiro e, por isso, prefere empregar os seus recursos em fontes de investimentos mais seguras, com garantia de retorno nos negócios.

Existem opções bem atrativas para quem deseja investir em imóveis – e interesse em viver de renda – sem ter que, necessariamente, comprar um apartamento, uma casa ou uma sala comercial. São os chamados Fundos de Investimento Imobiliário (FII) – formados por grupos de investidores, o objetivo é aplicar os recursos numa base imobiliária diversificada. Ou seja, o interessado pode adquirir cotas de fundos detentores de shoppings centers, hospitais, edifícios comerciais de grande porte, galpões industriais e até mesmo em imóveis prontos.

Mas, por que investir nesse modelo de negócio? Para o presidente a Netimóveis BH, Ronaldo Starling, “os fundos imobiliários são indicados para quem pretende entrar no mercado imobiliário, mas não quer desembolsar o valor total para a compra de um imóvel e, muito menos, investir seus recursos em único ativo. Hoje, por exemplo, há lançamentos com investimento mínimo de R$ 1 mil e, mesmo depois de ser lançado, existe a possibilidade de adquirir cotas no mercado imobiliário. Para o investidor com esse perfil, os fundos oferecem a possibilidade de uma renda regular e de valorização do patrimônio”, explica.

O presidente destaca, ainda, as principais vantagens para quem opta por esse modelo de negócio e para aqueles que desejam investir nesses fundos: conta com uma carteira imobiliária diversificada, o que reduz os riscos de desocupação do imóvel; a desvalorização imobiliária em uma determinada região e a gestão profissional, um ponto extremamente relevante uma vez que o gestor está sempre analisando o mercado, atento às melhores oportunidades e cabe a ele todas as tarefas ligadas à administração de um empreendimento, como por exemplo, trâmites de compra e venda, procura de inquilinos, manutenção e impostos, entre outras.

“Tão importante quanto as questões acima citadas, ressalto a transparência dos FII. Isso porque o investidor pode conferir o valor dos seus investimentos, se existem interessados em comprar ou vender as cotas a qualquer hora. Enfatizo outro ponto extremamente importante, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) supervisiona o funcionamento do fundo e o investidor pode participar de assembleias para acompanhar a gestão da carteira”, justifica Starling.

Dados da B3 – empresa de infraestrutura de mercado financeiro de classe mundial – apontam que no ano de 2017, o número de cotistas de fundos mobiliários registrou um crescimento de 39% (Fev/2018). O levantamento também indica que somente entre dezembro e janeiro deste ano (2018), o número de investidores aumentou 8% e bateu recorde histórico, de 125,7 mil cotistas. Além de uma valorização de 18% nos últimos 12%, em média, desempenho determinante para atrair investidores para os fundos imobiliários.

Outro diferencial importante a ser considerado é a questão tributária. Ao contrário dos rendimentos oriundos dos aluguéis de imóveis físicos, quando há a incidência do imposto de renda por meio dos fundos imobiliários, nesse caso, os investidores – pessoas físicas – são isentos do Imposto de Renda (IR) sobre os dividendos recebidos. No entanto, o IR precisa ser pago por ocasião de uma eventual valorização das cotas dos fundos negociados na Bolsa de Valores, já no mês seguinte à venda dos ativos.

Contudo, o presidente orienta que, como qualquer outro negócio, é preciso estar atento às condições do investimento. “O futuro investidor precisa buscar informações e ter ciência de que o risco faz parte do mundo dos negócios. Um deles, é que alguns fundos são poucos negociados na Bolsa de Valores, consequentemente, se houver a urgência em ‘fazer dinheiro’ o investidor pode ter dificuldades em vender suas cotas”, conclui.

Website: http://www.netimoveis.com

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