Entre os diversos museus espalhados pelo Estado, dois se destacam por estarem dentro dos Palácios do Governo do Estado, oferecendo aos visitantes uma experiência diferente do usual.
As coleções do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo estão expostas em diversos ambientes do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, e do Palácio Boa Vista, em Campos do Jordão, residência oficial de inverno do governador.
A visita aos Palácios é uma oportunidade de democratizar o acesso a um importante patrimônio público, estimulando o visitante a conhecer mais sobre a arte, a cultura e a história social e política de São Paulo e do Brasil. As coleções expostas apresentam ícones do Modernismo na pintura e na escultura, do Barroco na arte sacra, além de prataria, louçaria e mobiliário colonial brasileiro, entre outros.
Somados, os dois recebem em média 1.750 visitantes por semana. Enquanto o Palácio dos Bandeirantes recebe muitos grupos escolares, o Boa Vista é mais procurado por turistas justamente por estar em uma estância turística.
Em ambos, a entrada é gratuita e todos os passeios são acompanhados por educadores, que apresentam o acervo e sua relação com as exposições temporárias e a história dos palácios, levando em conta o interesse e faixa etária dos visitantes. São oferecidas atividades educativas para diversos públicos, de crianças a idosos.
Na capital, as visitas são realizadas de terça-feira a domingo, das 10h às 16h (de hora em hora), com permanência até às 17h. É recomendado chegar com antecedência de 15 minutos, para apresentação de documento oficial com foto e preenchimento do cadastro de visitante.
Entre as obras que mais se destacam, estão as pinturas de grandes dimensões, a exemplo do painel “São Paulo – Brasil: criação, expansão e desenvolvimento”, de autoria de Antônio Henrique Amaral, que representa importantes momentos da história de São Paulo e do Brasil, como os ciclos do ouro, da cana de açúcar e do café, e a industrialização.
O ícone da Semana de Arte Moderna “A ventania”, de Anita Malfatti, também se destaca na exposição “Expressões da Arte Moderna em São Paulo”, no andar térreo. No primeiro andar, há um grande interesse, especialmente dos alunos, em conhecer a Galeria de Retratos dos Governantes e o díptico “Casal brasileiro”, de Alex Flemming, que dialogam com a história de São Paulo e do Brasil, e com o gênero “retrato” na história da arte.
As visitas para grupos de no mínimo 10 e no máximo 50 pessoas exigem agendamento. Para cada grupo, é realizado um trabalho interativo, adequando conteúdos e atividades de acordo com o interesse dos visitantes. Para grupos com menos de 10 integrantes, o agendamento não é necessário, bastando dirigir-se ao palácio nos horários indicados.
Palácio Boa Vista
No Boa Vista, a tela “Operários”, de autoria de Tarsila do Amaral, é muito apreciada por ser uma obra emblemática do modernismo brasileiro que aborda a diversidade étnica nacional, a imigração e a questão do trabalho nos anos 1930, e por frequentemente ser apresentada nos livros escolares.
Outra obra que se destaca é “A tempestade acalmada”, de Candido Portinari, além dos objetos do cotidiano que fazem parte da exposição “A memória da casa”. As visitas educativas para o público espontâneo acontecem de quarta-feira a domingo, das 10h às 12h e das 14h às 17h. Nesse caso, o agendamento não é necessário.
Para grupos escolares, as visitas educativas podem ser agendadas às quintas-feiras. Para cada grupo, é realizado um trabalho interativo adequando conteúdos e atividades de acordo com faixa etária, objetivo e interesse. Na presença de hóspedes oficiais, a área de visitação será restrita.