Como já é tradição, o evento conta com profissionais gabaritados do Brasil e de países do exterior, que compartilham experiências adotadas em bibliotecas pelo mundo afora.
Uma das novidades na edição de 2017 é que estão confirmadas as participações do escritor André Vianco e da cartunista Laerte Coutinho, importantes personalidades da literatura brasileira. Vianco vai conversar com a plateia no dia da abertura (23/10), enquanto Laerte fará sua exposição no último dia do evento, 25/10.
Outra atração inédita do evento é a palestra virtual sobre zonas livres de leitura, que será proferida pela croata Mirela Roncevic, editora e idealizadora do projeto Free Reading Zone e da Biblioteca Virtual para a Croácia. A mediação presencial será de Liliana Giusti Serra, doutoranda em Ciência da informação pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
Na abertura da programação, a bibliotecária Mélanie Archambaud irá relatar experiências e apresentar novas formas de mediação de leitura que acontecem na rede de bibliotecas públicas de Bordeaux, na França. O tema da palestra de Mélanie será aprofundado no curso de imersão, que acontecerá no dia seguinte (24/10), com a participação das especialistas Bianca Santana e Amanda Leal de Oliveira.
Mediação e territórios de leitura serão temas permanentes durante os três dias. Leandro de Sagastizábal, presidente da Comissão Nacional de Bibliotecas Populares da Argentina vai falar sobre articulação do Estado e sociedade para promoção da leitura naquele país (24/10)
Sagastizábal também participará de uma mesa-redonda (25/10) com Isabel Santos Mayer, do LiteraSampa, rede que conta com catorze bibliotecas comunitárias e duas escolares, além das parcerias que possui nos territórios em que estão inseridos. O debate pretende identificar pontos de convergência entre as diversas tipologias de bibliotecas para melhorar os serviços e conquistar mais leitores.
A conhecida Tia Dag, da Casa do Zezinho, e o escritor Marcos Lopes, do Projeto Sonhar, vão responder no dia 23/10 a seguinte pergunta: Novos territórios da leitura: onde estão? Territórios em conflito, jovens, adolescentes e famílias vulneráveis, educação e oportunidades de leitura fazem parte do desafiador dia a dia desses educadores que atuam na região periférica da capital paulista.
Outra convidada internacional, a bibliotecária alemã Gabriele Ceseroglu atualmente dirige um projeto de incentivo à leitura em várias línguas na Biblioteca Pública de Colônia. Durante muitos anos atuou com famílias estrangeiras que chegam à Alemanha vindas de territórios em conflito. Em palestra na parte da tarde do primeiro dia do evento (23/10), Gabriele vai tratar da biblioteca e seus desafios como território cultural impactado por ondas migratórias.
Para ampliar o tema, a bibliotecária Maria Elizabeth Pedrosa, da Biblioteca Pública Padre José de Anchieta, conduzirá o curso de imersão abordando as questões da interculturalidade e multilinguismo, contando com a participação do educador José Queiroz, da Comunidade Cultural Quilombaque. A mediação será de bibliotecária Ana Teresa Sannazzaro, do Goethe-Institut.
A presidente da FEBAB, Adriana Cybele Ferrari, fará uma apresentação sobre a importância da inclusão das bibliotecas na Agenda ONU 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
Registrar, preservar e transformar em informação as histórias de vida de toda e qualquer pessoa da sociedade é a missão do Museu da Pessoa que em 25 anos de existência formou um riquíssimo acervo. A fundadora Karen Worcman vai relatar experiências, resultados e destacar o papel das bibliotecas na palestra Nossas histórias, nossa memória.
O seminário ainda terá intervenções artísticas todos os dias, muitos painéis com casos exemplares, exposição de pôsteres, sorteios de kits de livros e muito mais. Serão três dias de intenso aprendizado, trocas de experiências e ideias transformadoras. Todas as palestras de convidados estrangeiros terão tradução simultânea.
O 10º Seminário Biblioteca Viva é realizado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB). A organização é da SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura, com apoio institucional do Goethe-Institut.