O Memorial da Resistência vai apresentar, apartir deste sábado (21) a exposição “Hiatus: a memória da violência ditatorial na América Latina”. A mostra promove o encontro de oito artistas que se dedicam de modo original e expressivo ao tema da memória, com pesquisas que emergem e dialogam com os resultados das Comissões da Verdade e a continuidade de violações semelhantes no mundo contemporâneo.
Participam da exposição os artistas Andreas Knitz, Clara Ianni, Fulvia Molina, Horst Hoheisel, Jaime Lauriano, Leila Danziger, Marcelo Brodsky e Rodrigo Yanes, com obras que passam por diversos suportes, pesquisas e exercícios: instalações (como as de Andreas Knitz, Clara Ianni, Horst Hoheisel Leila Danziger e Rodrigo Yanes), fotografias pessoais com intervenções (como as de Marcelo Brodsky), estruturas cilíndricas com as imagens de mortos e desaparecidos (como a obra de Fúlvia Molina) ou um impactante vídeo sobre um linchamento (obra de Jaime Lauriano).
“Hiato” é uma palavra derivada do latim “hiatus” que remete às noções de falta, lacuna, interrupção, abismo. Ao propor uma exposição voltada para a memória das ditaduras na América Latina, calcada nesse universo semântico, enfatiza-se tanto o fato de que essas ditaduras representaram rupturas históricas, como também que elas constituem uma “falta”, um vazio dificilmente simbolizável.
A exposição conta com o apoio do Goethe Institut e do Instituto de Estudos Avançados da USP e é parte integrante do projeto “Hiatus”, que conta com seminários, palestras e a realização, também no dia 21 de outubro, de um “Sábado Resistente” sobre o tema em questão.