De um lado do Casarão do Valongo, as glórias do Atleta do Século 20, do outro, as obras de um gênio da fotografia. Quem for visitar o Museu Pelé (Largo Marquês de Monte Alegre, 1, Valongo), a partir do dia (23/01), poderá ser conferido o talento do fotógrafo Tadeu Nascimento, na exposição Confesso que Vi.
A mostra comemora os quarenta anos da trajetória do profissional que inspirou fotógrafos dentro e fora da Baixada Santista, tendo seu trabalho publicado nos grandes jornais e revistas do País, além de receber reconhecimento de artistas de renome, caso das atrizes Bibi Ferreira e Regina Duarte. Nascimento foi também fotógrafo do Diário Oficial de Santos por 25 anos. Dentre os prêmios conquistados pelo profissional, destaque para a menção honrosa no 23º Concurso Fotográfico Internacional Nikon Contest, em 1993, com participação de mais de oito mil fotógrafos do mundo.
Da película ao digital
Na exposição, o público vai apreciar o início de carreira do fotógrafo, quando ainda vivenciava a magia da câmera escura, executando ele próprio todo o processo de revelação e ampliação das fotos. A mostra abordará o início do processo digital, dividido em dois períodos: o primeiro, quando as câmeras digitais não apresentavam o mesmo resultado de uma película e o segundo, quando a foto digital tecnicamente superou a analógica.
Para o fotógrafo, com o avanço da tecnologia, o processo fotográfico perdeu charme e o glamour. Em paralelo, a facilidade de aprendizado, o surgimento dos smartphones e seus aplicativos ampliaram de maneira muito intensa a “fotoinformação” da sociedade. Ainda segundo ele, há mais aspectos positivos que negativos neste movimento.
“É inquestionável que a fotografia digital faz parte do processo tecnológico que vem revolucionando as técnicas de várias áreas, seja na medicina, na engenharia, na área de humanas. É algo irreversível”.
A exposição Confesso que Vi pode ser conferida até 1º de abril, de terça a domingo, das 11h às 17h. A mostra tem o apoio do Foto Louzada e da Moldura Minuto.