“É preciso ter uma visão mais humana da escola. Esta humanização requer interação, cativar e entender o outro para integrar. Só ensino o humano se sou humana”, afirmou a professora-doutora Emília Cipriano (PUC/Conselho Municipal de Educação/SP), durante o V Seminário de Educação Integral da Rede Municipal de Santos.
O evento, que ocorreu nesta sexta-feira na Unip, contou com mais de 150 participantes da Baixada Santista. Em sua palestra Educação Integral: Possibilidades e Desafios, a educadora destacou que a correria do dia a dia acaba fazendo com que as pessoas não enxerguem mais o que carece de mudanças, sinais que, para serem vistos, exigem um novo olhar, uma escola mais reflexiva.
“Tempo integral não é apenas ampliação do horário, mas contemplação de diferentes saberes. Se não, seria confinamento da criança na escola. Temos que buscar outras linguagens, outras formas de organizar projetos”. Ela ainda ressaltou que a educação integral somente se concretiza com a formação permanente de seus profissionais.
FÓRUM MUNICIPAL
Após a palestra, foi realizada mesa de debates, com presença de alunos, diretores, professores universitários e representante do Sesc/Santos para lançamento e instalação do Fórum Municipal de Educação Integral para Cidades que Educam, que foi aprovado pela sociedade civil, com leitura da Carta de Princípios.
Segundo Márcia Calçada, membro da Comissão de Educação Integral da Secretaria de Educação de Santos, com isso, a partir de 2018, haverá encontros bimestrais com educadores da Baixada para formação de educação integral e discussão de políticas públicas e investimentos no setor.
Foto: Rogério Bomfim