Cirurgias bariátricas crescem quase 40% nos últimos cinco anos

O Brasil apresenta um crescimento continuo no número de cirurgias bariátricas. Se comparados os anos de 2012 e 2017, o aumento foi de 39%. “Isto se deve ao fato de, atualmente, a população ter mais acesso às informações sobre este tipo de procedimento, bem como ao crescimento da obesidade em nosso meio”, explica o cirurgião do aparelho digestivo, Alexandre Moreira Maia.

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O Brasil apresenta um crescimento continuo no número de cirurgias bariátricas. Se comparados os anos de 2012 e 2017, o aumento foi de 39%. “Isto se deve ao fato de, atualmente, a população ter mais acesso às informações sobre este tipo de procedimento, bem como ao crescimento da obesidade em nosso meio”, explica o cirurgião do aparelho digestivo, Alexandre Moreira Maia.

Os tipos de cirurgias mais realizadas são dois: o Capella ou by pass – que consiste no grampeamento do estômago, reduzindo sua capacidade de armazenamento e com desvio do intestino – e a gastrectomia vertical ou Sleeve – que transforma o estômago em um tubo vertical bem fino.

O aumento dos obesos no Brasil é expressivo. Dados do Ministério da Saúde mostram que, nos últimos dez anos, a prevalência da obesidade no Brasil aumentou em 60%. “Somente entre jovens, com idades entre 18 e 24 anos, saltou de 4,4% para 8,5%, praticamente o dobro”, alerta Maia.

Outro fator também contribui para que mais pessoas se submetessem à cirurgia bariátrica. “Os critérios que determinam a indicação desse procedimento cirúrgico foram ampliados”, conta o cirurgião. Contudo, apenas uma pequena parcela dos pacientes que se enquadram em seus critérios passa pela operação. Segundo estimativas de Alexandre Maia, são operados menos de 2% do total que poderia ser.

Mesmo assim, ele alerta que os protocolos da cirurgia bariátrica devem ser seguidos rigorosamente. “Não devemos e nem podemos aceitar brechas para indica-la a pessoas que, por exemplo, tenham sobrepeso ou possam reduzir sua massa corporal com dietas ou reeducação alimentar”, enfatiza.

Afinal, explica Alexandre Maia, a indicação cirúrgica baseia-se no tratamento de uma doença grave, no caso, a obesidade, e que pode acarretar várias complicações, como diabetes, hipertensão arterial, infarto, derrame, depressão, problemas circulatórios, entre outros. “Certamente, os riscos são cumulativos, podendo, também, dificultar ainda mais o procedimento cirúrgico”, conta.

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