Obesidade é um dos fatores que interferem na fertilidade, diz especialista

O ginecologista e obstetra Dr. Alfonso Massaguer, da Clínica Mãe, esclarece as consequências durante e depois da gravidez ocasionadas pela doença que é a segunda causa de morte no mundo, de acordo com dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS)

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obesidade na gravidez
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A obesidade já é tratada como epidemia e tem causado preocupação às autoridades. No Brasil, segundo levantamento do Ministério da Saúde, a doença afeta 51% da população. O excesso de peso está relacionado a doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais (AVCs), diabetes tipo II, alguns tipos de cânceres e interfere até na fertilidade dos casais.

Dados da OMS mostram que cerca de 60 milhões de brasileiros, um em cada dez casais, não conseguem ter filhos, os motivos são os mais variados, mas entre eles está o excesso de peso.  De acordo com o ginecologista e obstetra da Clínica Mãe, Dr. Alfonso Massaguer, a obesidade pode interferir na fertilidade de várias maneiras. “A obesidade pode alterar a ovulação, isso ocorre porque o excesso de peso ocasiona um distúrbio na produção e metabolização do estrógeno (hormônio sexual fabricado pelos ovários), diminuindo as chances de engravidar. O excesso de peso também aumenta o risco de abortamento, e mulheres nestas condições, tem piores resultados no tratamento em reprodução assistida, como a fertilização in vitro e podem ter problemas durante o pré-natal e no parto”, informa o médico.

Além dos problemas durante a gestação, mulheres acima do peso podem desenvolver a Síndrome dos Ovários Policísticos, ter problemas com hipertensão e diabetes, agravar doenças como a endometriose e a pré-eclâmpsia, ocasionada pelo aumento da pressão arterial. Segundo o Dr. Alfonso, as complicações decorrentes da doença podem ocasionar parto pré-maturo e no caso da diabetes, aumentam os riscos de óbito para o bebê.

O tratamento indicado para a obesidade nas mulheres gestantes é uma alimentação saudável, principalmente no primeiro trimestre da gestação, quando toda a formação inicial do bebê acontece. “Ademais, é aconselhado realizar um fortalecimento das costas, através da fisioterapia e exercício físico, fazer drenagens nas pernas e ter um acompanhamento de pré-natal mais rigoroso, analisando o crescimento e o peso do bebê”, indica o ginecologista.

A obesidade não afeta apenas as mulheres, o excesso de peso no homem altera as taxas de dois hormônios importantes, reduzindo o nível de testosterona e aumentando o de estradiol, comprometendo a produção de esperma. “Além de prejudicar o ciclo hormonal masculino, o homem com sobrepeso tem maior índice de fragmentação do DNA do espermatozoide, o que pode gerar falha na fertilização e menor taxa de gravidez”, conclui o Dr. Alfonso Massaguer.

Website: http://www.mae.med.br  

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