A Prefeitura de São Paulo anunciou recentemente que as aulas presenciais em universidades, bem como a reabertura das escolas para atividades extracurriculares, deverá acontecer já em Outubro. Diante dessa decisão, é indispensável que se criem protocolos de sanitização — como desinfecção de ambientes e superfícies, por exemplo — de modo a mitigar o risco de transmissão da Covid-19 no ambiente educacional.
Neste artigo, traremos algumas estratégias e medidas protocolares para ajudar os tomadores de decisão e responsáveis pela segurança do ambiente educacional a manterem baixo o risco de transmissão da Covid-19 entre estudantes, professores e funcionários.
IMPORTANTE: A Microambiental ressalta que antes de considerar a reabertura da sua escola ou universidade é importante verificar com as autoridades estaduais e locais de saúde, para determinar quais são as ações mais apropriadas no momento.
Como deve ocorrer a reabertura de escolas e universidades?
Segundo o site da Secretaria de Educação, o cronograma de reabertura é válido tanto para escolas públicas e privadas, do ensino infantil ao superior, e está atrelado à permanência de todas as regiões da fase amarela do Plano SP. Logo no reinício, as salas terão ocupação máxima de 35%.
Quais ações de limpeza e desinfecção as escolas e universidades devem considerar para reduzir o risco de transmissão COVID-19?
Gostaríamos de ressaltar que não existe um modelo único. Trouxemos as principais medidas em comum para limpeza e desinfecção de ambientes. Por isso, escolas e universidades devem analisar o que é viável, prático e adaptado às suas necessidades, sempre considerando as suas instalações prediais. Recomendamos que, caso tenha dificuldade em montar o seu protocolo, consulte especialistas em microbiologia para auxiliar.
Ações sugeridas para limpeza e desinfecção:
- Desenvolva um planejamento para todas as áreas do espaço escolar que precisam ser limpas e desinfetadas. Considere o risco de transmissão de cada local e a necessidade de frequência de limpeza do mesmo;
- Utilizar desinfetantes aprovados pela EPA e liberados pela ANVISA contra COVID-19;
- Realizar treinamentos com a equipe de limpeza, orientando sobre os produtos a serem utilizados, os pontos de maior risco, frequência e quais EPIs devem ser utilizados;
- Mantenha um programa diário de limpeza em todos os locais, dando prioridade às áreas de uso comum e superfícies constantemente tocadas, como salas de aula, banheiros, cafeterias, refeitórios, etc.;
- O foco do trabalho de limpeza deve estar em pontos constantemente tocados, como mesas, carteiras, maçanetas, torneiras, interruptores de luz entre outros;
- Os produtos de limpeza não devem ser usados perto de crianças;
- É recomendável, após a limpeza e desinfecção, deixar o ambiente sem utilização por pelo menos 1 hora e que haja ventilação adequada;
- Se possível, realize desinfecção de ambientes semanais com profissionais. A desinfecção feita por profissionais otimiza a dispersão de biocidas por tecnologias específicas, alcançando áreas que a limpeza comum não atinge, garantindo uma ação mais efetiva contra a presença do vírus em todo o ambiente escolar;
- Ao contratar um serviço de desinfecção de ambientes, pesquise sobre o saneante que vai ser usado durante a operação para saber a real ação desinfetante.
Como saber quais locais limpar e com qual frequência?
As medidas para proteger alunos e professores da exposição e infecção pelo SARS-CoV-2 dependem da disposição das áreas dos prédios escolares e do número de alunos e colaboradores. Para estabelecer medidas de reabertura mais assertivas o ideal é realizar uma avaliação de risco.
A tabela abaixo dispõe de maneira geral alguns locais e a sua frequência de limpeza recomendada:
O que fazer se um aluno ou colaborador testar positivo para Covid-19?
- Feche todas as áreas usadas pela pessoa diagnosticada e não use essas áreas antes de desinfetá-las. Isso inclui áreas externas, como, por exemplo, playgrounds, áreas de alimentação ao ar livre entre outros locais;
- Espere pelo menos 24 horas antes de limpar e desinfetar. Se 24 horas não for viável, espere o máximo possível para minimizar a exposição a gotículas respiratórias suspensas no ar;
- Realizar a limpeza e desinfecção do ambiente utilizando sanitizantes adequados incluindo todas as superfícies possíveis. Nesse caso, é recomendável uma desinfecção extra realizada por profissionais especializados em microbiologia e deve englobar todas as áreas utilizadas pelas pessoas doentes (por exemplo, escritórios, banheiros e áreas comuns), concentrando-se nas superfícies tocadas com frequência.
Gostaríamos de ressaltar que além das medidas citadas acima, a organização do ambiente escolar é muito importante para a reduzir a transmissão do vírus. Seguem algumas ações que podem contribuir:
- Organizar aulas com menos alunos;
- Fazer a separação dos recreios em blocos de turmas;
- Realizar o revezamento entre aulas presenciais e virtuais;
- Manter arejadas as salas;
- Disponibilizar álcool em gel 70%;
- Promover a higienização das mãos com frequência;
- Promover o uso obrigatório de máscara;
- Organizar os espaços para que os estudantes mantenham uma distância adequada de no mínimo 1 metro.
Mais do que simplesmente aplicar produtos, precisamos conhecer a dinâmica e estrutura do vírus para melhor combatê-lo. Consulte nossos especialistas, podemos ajudar sua escola ou universidade a estar dentro desses protocolos.
Links para as matérias-fonte deste artigo:
- https://www.educacao.sp.gov.br/coronavirus/governo-de-sp-anuncia-retomada-das-aulas-para-8-de-setembro/
- http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/manual_reabertura.pdf
Este texto foi originalmente desenvolvido pela empresa Microambiental.