A estimulação cerebral profunda para epilepsia é um método de tratamento de convulsões.
Os pulsos elétricos do sistema de estimulação cerebral profunda bloqueiam os sinais das células nervosas que desencadeiam uma convulsão.
A estimulação cerebral profunda para epilepsia é um método de tratamento de convulsões, que envolve a implantação de um dispositivo que envia pulsos elétricos a áreas específicas do cérebro, onde as convulsões estão ocorrendo.
Como a estimulação cerebral profunda para epilepsia funciona
Quando o cérebro está funcionando normalmente, as células nervosas transmitem mensagens químicas e elétricas de e para partes do corpo, de maneira normal e ordenada. Durante uma convulsão, as células nervosas falham, causando uma explosão de atividade elétrica descontrolada em uma área específica do cérebro. Esta tempestade elétrica causa uma convulsão.
Os pulsos elétricos do sistema de estimulação cerebral profunda bloqueiam os sinais das células nervosas que desencadeiam uma convulsão. O objetivo da estimulação cerebral profunda é reduzir o número e a gravidade das crises.
Indicações
Para ser um candidato à estimulação cerebral profunda, o paciente deve:
- Ter pelo menos 18 anos de idade;
- Apresentar crises de início parcial (com ou sem generalização);
- Já ter experimentado três ou mais medicamentos anticonvulsivantes, sem nenhuma
- redução nas convulsões;
- Ter uma média de mais de seis convulsões por mês nos últimos 3 meses (com no máximo 30 dias entre as convulsões).
Realização do procedimento
O neurocirurgião implantará o sistema de estimulação cerebral profunda em dois estágios:
Primeiro, um pequeno orifício é feito no crânio. Os eletrodos que são fixados aos eletrodos são passados por esse orifício e implantados cirurgicamente nas áreas do cérebro identificadas como o local das convulsões.
Em uma operação separada, aproximadamente 1 semana depois, o dispositivo neuroestimulador alimentado por bateria é implantado logo abaixo da pele, na parte superior do tórax abaixo da clavícula. Os eletrodos passam por baixo da pele do dispositivo até o pescoço, atrás das orelhas e na cabeça, e são presos aos eletrodos já posicionados no cérebro. O dispositivo envia pulsos elétricos ao cérebro por meio dessas ligações.
O neuroestimulador implantado será programado por meio de um dispositivo portátil. Várias visitas de programação de acompanhamento serão necessárias para ajustar a intensidade dos pulsos elétricos e a frequência com que os pulsos são enviados ao cérebro para melhor controlar as convulsões e prevenir efeitos colaterais.
Benefícios
Ao contrário da cirurgia de epilepsia, nenhum tecido cerebral é removido. Os efeitos são reversíveis. Nenhum dano cerebral permanente resulta do uso do sistema de estimulação cerebral profunda.
Se a estimulação cerebral profunda não diminuir o número de crises ou não for tolerada pelo paciente, o sistema pode ser desligado e o dispositivo neuroestimulador e os eletrodos podem ser removidos. O nível de estimulação do pulso pode ser ajustado para melhorar o controle das convulsões e reduzir os efeitos colaterais, se necessário.
Riscos
Qualquer cirurgia apresenta riscos, incluindo os riscos da anestesia. Os riscos da cirurgia de estimulação cerebral profunda incluem coma; sangramento no cérebro (hemorragia); acidente vascular cerebral; infecção.
Além desses riscos cirúrgicos, outros riscos podem surgir do próprio dispositivo. O dispositivo pode falhar devido a um problema mecânico ou elétrico, os condutores e/ou o conector de extensão podem se mover ou não ser colocados dentro da área alvo, as peças podem se desgastar através da pele, o dispositivo implantado pode infectar e pode ocorrer erosão do hardware.
A estimulação cerebral profunda pode não ajudar um pequeno número de pacientes. Em aproximadamente oito por cento dos pacientes, pode haver um aumento de 50 por cento nas convulsões durante o acompanhamento de longo prazo.
É importante que o paciente converse com um neurocirurgião de confiança sobre a realização deste procedimento e os benefícios para o caso em particular.
Dr. Victor Barboza Neurocirurgião
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