Criada inicialmente para perda de peso, a cirurgia bariátrica surge como esperança para os portadores de diabetes tipo 2. Há muito é conhecida a importância da cirurgia para a saúde geral do paciente e não apenas como uma ferramenta para conquista da perda rápida de peso. Além de todos os benefícios já conhecidos, o Conselho Federal de Medicina aponta a cirurgia como tratamento para o diabetes mellitus tipo 2.
Destinada aos pacientes com diabetes tipo 2 e com obesidade severa, a cirurgia passa a ser válida também para os pacientes com a doença e que estão no quadro de obesidade grau 1.
“A cirurgia bariátrica não visa só o emagrecimento. Há algum tempo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou seu uso para pacientes que não conseguem controlar o diabetes tipo 2, desde que tenham um índice de massa corporal (IMC) acima de 35. Recentemente, um parecer da mesma entidade acaba de liberar a técnica para pacientes dessa doença com IMC entre 30 e 34,9, considerados obesos de grau 1. Ou seja, para diabéticos do tipo 2 com menos peso”, ressalta o cirurgião bariátrico Prof. Dr. Roberto Luiz Kaiser Junior.
A decisão de baixar o limite mínimo de peso para esses pacientes que recorrem à cirurgia, é uma forma de buscar a diminuição dos altos índices de Diabetes tipo 2 no Brasil.
Pesquisa divulgada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada em abril de 2017 pelo Ministério da Saúde, aponta que o número de brasileiros diagnosticados com diabetes cresceu 61,8% nos últimos 10 anos.
Apesar de muitos não serem aptos para a cirurgia, a ampliação dos pacientes destinados ao procedimento é celebrada pelos profissionais.
O diabetes tipo2 é a forma mais comum da doença, atingindo cerca de 90% dos pacientes. Em geral, ela aparece depois dos 40 anos e está associada à obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada e ao estresse.
O diabetes é uma doença crônica e progressiva que se não for tratada de forma adequada leva a uma série de outros problemas como: cegueira, problemas renais, impotência sexual, infarto, amputação de membros, entre outros.
O cirurgião bariátrico explica que a cirurgia metabólica e a cirurgia bariátrica, tecnicamente falando, são muito parecidas, com pequenos detalhes que diferenciam uma da outra. A ideia é fazer uma exclusão duodenal, ou seja, fazer com que a comida não passe na região do duodeno, no começo do intestino delgado, onde estuda-se que existam substâncias chamadas incretinas, que inibem a função do pâncreas. A partir do momento que a comida não passa nessa região, devido a exclusão duodenal, e vai direto para outra parte do intestino fino, libera-se o pâncreas para voltar a produzir insulina.
Website: https://kaiserclinica.com.br/
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