Touro REM Torixoréu deixa legado para a raça Nelore

Líder no sumário ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores) em julho de 2013 e abril de 2015 e considerado um dos divisores de água no melhoramento genético brasileiro, o touro Nelore da Genética Aditiva REM Torixoréu, que morreu em razão de um acidente ofídico na última semana, deixa um legado de precocidade e fertilidade.

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O “Torixoréu é um marco dentro do melhoramento. Ele ensinou o que é genética”, disse, emocionada, a zootecnista Roberta Pontes Gestal de Siqueira, Diretora Técnica na empresa Melhora + Consultoria Genética.

Segundo ela, Torixoréu foi identificado nas avaliações genéticas por seu potencial genético, por intermédio das ferramentas que os programas de melhoramento disponibilizam para as fazendas. “Quando nossos olhos observavam o Torixoréu, havia uma discrepância entre o que a genética estava mostrando e o que visualizávamos em sua morfologia. Torixoréu mostrou exatamente a importância de acreditarmos na informação genética. Nossos olhos não são capazes de identificar o genoma de um animal e ele nos ensinou isso. Aquelas pessoas que acreditaram no potencial genético do Torixoréu, revelado pelas avaliações, conseguiram vislumbrar o resultado na produção de animais, de peso à desmama, precocidade sexual, habilidade materna e características de carcaça”, ressaltou.

Já Fabiano Araújo, Diretor Técnico da Aval Serviços Tecnológicos, enfatiza que “olhando pelo lado da performance, o Torixoréu foi um touro que atingiu um patamar diferenciado, com um desempenho espetacular, principalmente nas características que nós mais precisamos para melhorar a velocidade de terminação, que foi o ganho pós-desmame. Ele imprimiu um ganho pós-desmame diferenciado à sua progênie.”Além do desempenho, ele destaca uma alta medida de perímetro que, junto à espessura de gordura e ao peso, refletiu na avaliação de precocidade sexual das suas filhas e, também, no alto rendimento de carcaça. “Quando as suas filhas pariram, demonstraram uma habilidade materna diferenciada. Era não só um grande genearca produtor de animais de alto desempenho, alto rendimento, alta fertilidade, mas também um grande avô materno”, acrescenta, lembrando que importantes rebanhos do cenário nacional utilizaram o Torixoréu como referência, dentre eles Alô Brasil, Beabisa, Hora Agronegócio e Rancho da Matinha. “Um de seus grandes descendentes é o Armador, que já colocou 16 filhos praticamente no primeiro ano de produção contratados em central. O Torixoréu veio para quebrar paradigmas. Era um touro que tinha as suas limitações, mas que, em termos de produção, quando bem acasalado, deixou grandes descendentes. Foi um touro de extrema importância para a evolução da raça Nelore, sua competitividade em nível diferenciado com qualquer outra raça, seja ela taurina ou zebuína”, elogia.

A mesma avaliação é feita por Rafael Oliveira, gerente de corte zebu da Alta: “Torixoréu mudou o jeito de olhar um touro para ser utilizado. Era um touro de muito número com um fenótipo que não impressionava. Porém, com o passar dos anos e a larga utilização em rebanhos que trabalham fortemente o melhoramento genético da raça Nelore, ele começou a mostrar a que veio, transmitindo muito desempenho em ganho de peso, fertilidade e precocidade sexual, além de rendimento e acabamento de carcaça”.

Filho de REM Quisco na matriz REM Piroga, o reprodutor, com mais de 3.000 filhos e MGTe (Mérito Genérico Total Econômico) de 23,00, tornou-se referência nos criatórios que fazem melhoramento genético no Brasil e em muitos países da América do Sul. Torixoréu deixa 37 descendentes em todas as centrais do País e é pai e avô de vários reprodutores de destaque: REM Armador, REM Dheef, REM Dulldog, REM E Guapo, Artilheiro FVC e Bronze Kubera, entre outros. Sua genética continua disponível na Alta através de sêmen convencional e sexado.

“O Torixoréu deixou um legado muito grande para o Nelore. Primeiro, no aprendizado que tivemos com ele e, segundo, ele transformou a raça. Deixou filhos, netos e bisnetos que fizeram uma grande diferença na mudança genética e nas características econômicas, naquelas que nós medimos, mensuramos e quantificamos”, finaliza Roberta Gestal.

GENÉTICA ADITIVA – Com mais de 30 anos de seleção, a Genética Aditiva é a maior fornecedora de genética bovina do País, com um rebanho de 6.200
cabeças e, aproximadamente, 3.000 fêmeas em reprodução. Tem seus
animais avaliados por três diferentes programas de melhoramento – Geneplus,
ANCP e PMGZ – e um rigor no sistema de seleção que vem garantindo os
primeiros lugares nos sumários de touros dos programas de que participa. Como reconhecimento, foi duas vezes premiada em “As Melhores da Dinheiro Rural”, na Categoria Genética Nelore. O rebanho da Genética Aditiva fica concentrado em propriedades de Mato Grosso do Sul. Além da raça Nelore, a empresa atua com excelência na seleção de Gir Leiteiro, Girolando e Cavalo Crioulo.

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