Sem a cobertura vegetal com sua matéria orgânica, a reciclagem de nutrientes no solo fica comprometida causando uma desarmonia como um todo.
Pastagem degradada, é um processo evolutivo da perda da produtividade, vigorosidade e das condições desejáveis do solo, ligadas aos níveis de produção e qualidade exigidas pelos animais.
A degradação de pastagem, pode-se entender como a queda na produção e valor nutritivo da forragem, mesmo nas épocas que são favoráveis ao seu crescimento, em razão de manejos inadequados.
Dessa forma, geralmente, essas pastagens são manejadas de forma inadequada sob lotação contínua aliado com a baixa oferta de forragem, acarretando em altas pressões de pastejo, com a utilização de períodos mínimos de descanso, sendo incompatível com a manutenção do equilíbrio solo-planta-animal.
Se não bastasse a queda de produtividade, o baixo número de unidade animal (U.A) por hectare e o risco de sair da atividade, a monocultura atinge outros problemas. A substituição da cobertura vegetal original pelas pastagens, prática comum em diversas regiões do país, causa um desequilíbrio do sistema como um todo.
E o solo é um dos componentes deste sistema que é mais afetado.
Além de um empobrecimento, sua compactação e sua degradação acarreta um impacto ambiental considerável.
“Sem a cobertura vegetal com sua matéria orgânica, a reciclagem de nutrientes fica comprometida causando uma desarmonia como um todo, ficando os solos à mercê de várias intempéries como chuvas, ventos, seca, radiação solar, temperatura, dentre outros, intensificando a sua devastação”, afirma Leonardo Comastri, engenheiro agrônomo técnico em pastagens, formado pela Universidade Federal de Viçosa – Minas Gerais.
De acordo com Leonardo, sem a devida proteção, os solos podem ser carreados para o interior de rios e nascentes causando assoreamento dos leitos ocasionando oscilação ambiental.
No lado econômico os desafios não param.
A baixa produtividade aliada ao custo de produção com uma utilização maior de defensivos agrícolas, por exemplo, ocasiona perigos nessa modalidade.
Agregado a isso, a monoatividade traz um grande tormento se os preços dos produtos da produção não vão bem no mercado, permanecendo o produtor sem uma alternativa de renda.
Identicamente, o lado social fica em desvantagem, uma vez que a utilização de mão de obra é menor nesta estrutura, o que cria um ambiente de desemprego não fixando o homem ao campo.
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