Após alterações no algoritmo e depois do escândalo envolvendo o vazamento de dados de usuários, empresas repensaram o uso do Facebook. A relação entre as marcas e a rede foi impactada e, segundo Fábio Ricotta, especialista em marketing digital e CEO da Agência Mestre, há novidades por vir: “O Facebook anunciou uma série de mudanças em programas de parceiros e dados que irão mudar radicalmente o nosso mercado”.
A rede comunicou, em 28 de março, que não disponibilizará mais dados de parceiros para anunciantes. Com isso, Fábio explica que, passados seis meses, agências digitais e empresas não conseguirão segmentar a base de usuários do Facebook pela renda das pessoas, “algo que pode impactar a performance de anúncios”.
Há ainda uma alteração — confirmada pela porta-voz do Facebook, Elisabeth Diana, ao portal TechCrunch — quanto às campanhas feitas a partir de bases de e-mails das próprias marcas.
Na plataforma de anúncios atual, é possível carregar endereços de correio eletrônico e fazer a localização de usuários. Dessa forma, as empresas conseguem acesso aos clientes no momento em que eles navegam. Porém, segundo o que Elisabeth confirmou, a rede “está trabalhando em uma ferramenta de permissão”. Caso isso seja implantado, Fábio comenta que o Facebook poderá pedir a garantia de que os e-mails carregados foram adquiridos de maneira correta e para os devidos fins.
Outras mudanças já estão em andamento. A aprovação de chatbots e novos apps, por exemplo, foi interrompida temporariamente por conta de auditorias e revisões na plataforma.
Polêmicas x histórico do Facebook
O vazamento dos dados de 50 milhões de usuários fez com que Tesla, SpaceX e algumas personalidades, como o fundador do WhatsApp, Brian Acton, desativaram suas páginas na rede de Mark Zuckerberg. Além disso, campanhas e hashtags (como #BoycottFacebook e #DeleteFacebook) também ganharam força e a empresa já perdeu mais de US$ 95 bilhões em valor de mercado.
Ainda assim, para o CEO da Agência Mestre, é preciso considerar que a rede possui dois bilhões de usuários e que, ao longo do tempo, conquistou um poder considerável sobre as ações dos consumidores. Uma pesquisa da PwC, realizada em 2015, mostra que 77% dos brasileiros são influenciados pelas redes sociais (incluindo o Facebook) durante a decisão de compra.
Com isso, a orientação do especialista em marketing digital é positiva. Segundo ele, a rede é e vai continuar sendo um ótimo canal de vendas e espaço publicitário para marcas. “Vale a pena testar novas mídias, mas acredito que esse é o momento de aproveitar o que o Facebook ainda oferece e explorá-lo ao máximo”, recomenda Fábio.
Website: https://www.agenciamestre.com/
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