Felipe Montoro Jens reporta os benefícios do transporte ferroviário para o Brasil

Entre as vantagens estão o aumento da capacidade de transporte, bem como a redução da emissão de poluentes.

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Felipe Montoro Jens reporta os benefícios do transporte ferroviário para o Brasil
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Você já pensou quais os benefícios para o Brasil, caso o país investisse mais no sistema ferroviário? Diversos especialistas participaram, no início de maio, da sétima edição do Congresso Brasil nos Trilhos, promovido pela Associação Nacional de Transportadores Ferroviários (ANTF) em parceria com a OTM Editora, destaca o especialista em Projetos de Infraestrutura, Felipe Montoro Jens.

De acordo com os conhecedores do assunto, algumas vantagens pontuais dos investimentos no setor ferroviário seriam: redução da emissão de poluentes, devido à migração de cargas da rodovia para a ferrovia; aumento da capacidade de transporte, visto que os vagões comportam mais carga que caminhões; a redução dos congestionamentos dentro das cidades; e, por consequência, menos acidentes. Interessante, não?

De acordo com um estudo do professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, mantida pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV), Gesner Oliveira, e do diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Fabiano Pompermeyer, apesar de tantos benefícios, as ferrovias representam somente 15% da estrutura de transportes no Brasil. Trata-se de um percentual que é considerado baixo, salienta Felipe Montoro Jens. A predominância é do transporte rodoviário, que chega ao percentual de 65% do total.

Conforme comparação de especialistas, um vagão graneleiro, em média, é capaz de comportar 100 toneladas de grãos. Um caminhão, por sua vez, transporta somente 36 toneladas de grãos. Ainda assim, Felipe Montoro Jens aponta que no Brasil existem mais de 300 mil quilômetros de rodovias, enquanto existem apenas 29 mil quilômetros de ferrovias.

Além disso, desse total de 29 mil quilômetros em ferrovias, 22 mil foram construídos com bitola métrica. “Um método considerado ultrapassado e menos seguro”, explicou a revista Exame — especializada em economia e negócios — em reportagem sobre o tema, no dia 14 de maio.

Mas por que há tanta falta de investimentos nesse setor? Segundo os especialistas, participantes do Congresso Brasil nos Trilhos, o principal fator que trava o desenvolvimento do sistema ferroviário é a falta de continuidade nos projetos de planejamento logístico do país, explica Felipe Montoro Jens. O fato é que a construção de novas ferrovias é um projeto de longo prazo, e as trocas de governo no Brasil acabam por prejudicar esse plano. Normalmente, elas significam o abandono dos projetos antigos.

Para o ex-conselheiro do Surface Transportation Board, nos Estados Unidos, Raymond Atkins, o prazo das concessões ferroviárias no Brasil, que atualmente duram 30 anos, é muito curto, o que prejudica o desenvolvimento do setor. “O planejamento de uma ferrovia é de longo prazo, de 60, 70 anos”, explicou Atkins.

Vale salientar, no entanto, que com “a substituição gradual do transporte rodoviário pelo sistema ferroviário, a economia estimada seria de 30%, devido a maior capacidade dos trens”, afirmou a reportagem da Exame. “A substituição também acarretaria em uma economia de R$ 15,8 milhões/ano em gastos com acidentes de trânsito”, acrescentou o texto.
Felipe Montoro Jens, por fim, ainda reforça a questão da poluição. De acordo com outro dado da matéria da Exame, o transporte rodoviário é responsável por 95% das emissões de gás carbônico (CO2). O sistema ferroviário, por sua vez, representa apenas 5% de toda essa poluição.

Website: http://www.felipemontorojens.com.br

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