Há um ano a Secretaria de Energia e Mineração instalou o Comitê Paulista de Biogás, que estuda o percentual de inserção de biometano no gás natural canalizado, assim como os impactos desta mudança no mercado. Por meio do Programa Paulista de Biogás, a pasta busca diversificar o suprimento energético, consolidando as cadeias produtivas de energias renováveis, além de estimular a geração distribuída aliada com políticas públicas do RenovaBio.
Na última segunda-feira (26), o presidente da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás e Biometano), Alessandro Gardemann, e a diretora executiva da associação, Camila Agner, se reuniram com o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles, e o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Jr., para discutir sobre o fortalecimento do biogás e do biometano na matriz energética paulista.
“Estamos felizes em saber que o secretário Meirelles é um grande entusiasta do biogás e do biometano, uma importante fonte de energia no Estado de São Paulo. Isso mostra que os planejadores do setor energético estão se dando conta das vantagens econômicas e ambientais do biogás e do biometano”, ressaltou Gardemann, que também lembrou que está é a única fonte de energia primária com pegada negativa de carbono. Além disso, é um combustível renovável com oferta em bases firmes.
“Esse reconhecimento é principalmente para o governador Geraldo Alckmin, que incentiva a expansão das energias renováveis. O biogás e o biometano fazem parte da estratégia do Estado de fortalecimento da matriz energética e de redução das emissões de CO2”, explicou o secretário.
De acordo com o subsecretário de Energias Renováveis, São Paulo tem um enorme potencial para o desenvolvimento do biometano. “Possuímos gasodutos em várias regiões de São Paulo com usinas de açúcar e álcool com proximidade da rede de distribuição, que podem produzir biometano e injetar na rede”, destacou Abreu Jr.
Um levantamento da Secretaria de Energia e Mineração aponta que atualmente existem 201 usinas sucroenergéticas no Estado, sendo que 66 delas estão a 20 quilômetros da rede de gasodutos.
Outro potencial de geração de energia elétrica é o biogás produzido por meio de resíduos sólidos urbanos, que tem produção média de 53 mil toneladas de lixo por dia, representando uma potência instalada de 70 megawatts a partir de biogás de aterros sanitários. Em caso de aproveitamento deste montante, estima-se que o potencial de geração de energia de todo o lixo seria suficiente para abastecer em 30% a demanda de energia elétrica atual do Brasil.