A Apple encerrou o ano fiscal de 2017 com faturamento de US$ 229,2 bilhões e lucro de US$ 20 bilhões, alta de 12% sobre o ano anterior.
No cenário de crescimento, iPhone respondeu por cerca de 2/3 do faturamento total da empresa, com 46,7 milhões de unidades vendidas. O gadget também se consolidou, nos três primeiros meses de 2018, com mais da metade do mercado global de smartphones (51%), representando US$ 61,4 bilhões dos US$ 120 bilhões vendidos por este setor em todo o planeta, segundo pesquisa da Strategy Analytics.
Números que não vêm ao acaso. Entre os usuários B2C e empresariais, a expansão do iPhone vem se registrando período a período, alicerçada, em muito, pela adesão de verticais de negócio diversas.
Uma delas, o segmento educacional, que, segundo o Censo da Educação Superior do INEP, congrega mais de 2.364 instituições só no ensino superior, sendo cerca de 2.069 privadas. Destas, 47,3% estão no Sudeste, 19,3% no Nordeste, 17,1% no Sul, 10% no Centro-Oeste e 6,3% no Norte.
O levantamento dá conta de que, com base nos mais de 6 milhões de alunos do ensino superior privado brasileiro, é possível afirmar que tal mercado movimenta receitas superiores a R$ 45 bilhões, podendo chegar a R$ 169 bilhões em casos de investimento em inovação para eficiência máxima.
Algumas razões para tal interesse, segundo o maior parceiro da Apple no Brasil, a iPlace, fundamentam-se no fato de o iPhone ser um dispositivo de ensino, aprendizagem e produtividade que pode ser usado para ampliar as possibilidades no ambiente escolar, universitário e em demais campos desta área.
Em sala de aula, o gadget traz alguns recursos para alunos e professores, como, por exemplo, o pouco peso. Na comparação com um notebook ou tablet, o equipamento é mais leve e prático, trazendo diferencial para anotações e apresentações.
No quesito apresentações, o iPhone permite demonstrar trabalhos, textos e outros em sua própria tela ou projetá-los via iCloud ou aplicativos como o Keynote, além de ter a opção de conexão VGA/HDMI para ligar o aparelho a um monitor de vídeo.
O equipamento também se destaca pela duração da bateria, maior do que a de um notebook, permitindo mais tempo de trabalho em ambiente educacional. Outra possibilidade é fazer PDFs pelo aparelho, possibilidade que pode ser aplicada a documentos ou a páginas da web e permite inserir comentários e colaborações no trabalho final, sem perigo de alterações indesejadas, já que o PDF é um formato fechado.
Outra aplicação útil para quem usa iPhone em sala de aula é o Evernote, que funciona como um bloco de notas com recursos para agregar áudios e imagens.
Dentre os aplicativos para o gadget, também estão o Pages, que permite a professores usarem o iPhone para criar provas, questionários e trabalhos, e, a alunos, fazer textos, apresentações e trabalhos diversos, e o Dicionário da Língua Portuguesa, que ajuda a escrever em conformidade com o novo acordo ortográfico brasileiro.
Outro aplicativo passível para professores é o TeacherKit, que permite organizar salas e alunos, de acordo com a gestão de listas de presenças, espelhos de classe, notas de provas, além de ter a possibilidade de enviar tudo por e-mail aos destinatários escolhidos.
Tecnologias para educação que vão em linha com dados do mercado. Conforme levantamento feito pelo Boston Consulting Group (BCG), desde 2011 o Brasil recebeu investimentos privados de mais de US$ 74 milhões para o desenvolvimento de tecnologias voltadas ao setor educacional.
Na América do Sul, o Brasil é líder neste tipo de investimento.