Mudanças anunciadas pela Caixa prometem aquecer o mercado imobiliário

Os recentes anúncios da Caixa Econômica Federal, redução das taxas de juros do crédito imobiliário e o aumento do percentual do valor do imóvel financiado, podem contribuir tanto para a reestruturação do próprio banco quanto para melhorar o cenário do mercado imobiliário no Brasil.

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Os recentes anúncios da Caixa Econômica Federal, redução das taxas de juros do crédito imobiliário e o aumento do percentual do valor do imóvel financiado, podem contribuir tanto para a reestruturação do próprio banco quanto para melhorar o cenário do mercado imobiliário no Brasil. Para imóveis do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), as taxas mínimas de juros passaram de 10,25% ao ano para 9% ao ano, já nos casos dos imóveis enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) foram reduzidas de 11,25% ao ano para 10% ao ano. As taxas máximas caíram de 11% para 10,25%, no caso do SFH, e de 12,25% 11,25%, no SFI. A Caixa também ampliou, outra vez, o limite de cota de financiamento do imóvel usado, de 50% para 70%.

A alteração das taxas acontece após um período de 17 meses sem mudanças, trazendo o banco “de volta ao jogo” ao equiparar-se ao Itaú Unibanco em relação às taxas de juros para financiamento imobiliário no SFH. O banco privado, até essa decisão, oferecia as melhores taxas do mercado. A mudança aconteceu no momento correto, de acordo com os economistas, visto que o banco está em um bom momento, após um período de crise e a queda na taxa Selic, atingindo a marca de 6,5% ao ano. Apesar das boas para condições para compra de imóveis, os especialistas pedem cautela dos compradores que precisam avaliar se as parcelas cabem no orçamento.

As mudanças anunciadas pela Caixa Econômica Federal influenciam diretamente o mercado imobiliário e podem alavancar a construção civil, porém o efeito dessas alterações não será considerável de imediato, visto que as taxas de desemprego e endividamentos das famílias brasileiras são altas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 12,7 milhões de pessoas desempregadas no país, apesar de grande o índice permanece estável. Porém o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso cresceu em março alcançando a marca de 25,2%, uma alta de 0,3 ponto percentual, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Mesmo com a crise financeira, o setor imobiliário cresceu em 2017, o volume de imóveis vendidos no país expandiu 9,4% no ano passado, na comparação com 2016, segundo pesquisa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e do Senai Nacional. Foram vendidas 94.221 unidades em 2017, contra 86.140 unidades de 2016. Com a redução de juros, é esperado que o mercado ganhe ainda mais impulso em 2018. Aqueles que tem emprego, estabilidade econômica e querem comprar um imóvel, esse é o momento, já que as taxas estão baixas. Porém ainda é preciso se é possível arcar com a nova dívida antes de se comprometer.

Uma dica para os interessados, de acordo com a CredMov , empresa especializada em financiamentos, é que apesar de ser possível financiar até 70% do imóvel, é melhor quitar o máximo a vista. “Apesar de menores, as taxas de juros existem e quanto maior o valor financiado, maior serão as parcelas e o valor total pago”, explica.

Website: https://credmov.com.br/

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