Em 2014, o mercado mundial de vestuário movimentou cerca de 1,4 trilhões de dólares. Essa grande indústria é composta por lojas de departamento espalhadas por todo o mundo. Porém, os países que mais consomem roupas são os Estados Unidos e a China, que representam 38% do consumo mundial.
Para entender por que a moda se tornou esse mercado tão importante é preciso viajar um pouco no tempo e saber como surgiram as primeiras fábricas de confecção de roupas. Assim, fica mais fácil de se compreender o porquê de não existirem muitas lojas que vendem produtos diferentes, como roupas masculinas exclusivas, por exemplo.
A moda desde o início do século XX até os dias atuais
Não é preciso ir muito longe para ver as primeiras indústrias têxteis surgindo. Isso porque, foi apenas no começo do século XX que as máquinas de costuras se popularizaram. Assim, as roupas que antes eram feitas apenas em costureiras e alfaiates, agora eram produzidas em larga escala nas fábricas e posteriormente vendidas em lojas. Porém, nessa época, essas roupas não possuíam um valor de venda acessível à classe média.
Com o passar dos anos chegamos na década de 50. Foi nessa época que as roupas começaram a se tornar acessíveis à classe média. Isso aconteceu pois a indústria da moda inseriu materiais sintéticos, como PVC e poliéster, para produzir as peças de roupas. Dessa forma, o custo ficou menor, fazendo com que as roupas pudessem ser vendidas a um preço menor.
Foi também na década de 50 que muitas empresas do ramo da moda surgiram e o esse mercado começou a crescer.
Nas décadas 70 e 80, a produção das peças de roupa teve um aumento no preço, isso fez com que as indústrias têxteis se mudassem para a Ásia, onde a mão de obra era mais barata.
De acordo com o documentário “True Cost”, na década de 60, 95% das roupas vendidas nos EUA era produzidas no próprio país. Mas hoje esse percentual não passa de 3%. Enquanto que a produção foi transferida para outros países, as sedes administrativas continuaram nos países de origem.
As tendências sazonais também foram criadas nas décadas de 60 e 70. Ou seja, as coleções outono/inverno e primavera/verão que se tem hoje em dia, começaram nessa época.
Com o auxílio do marketing, as marcas conseguiram convencer as pessoas de que era legal estar na moda. Isso fez com que elas ficassem atentas às novas coleções e fossem para as lojas comprarem as novas peças assim que as roupas fossem disponibilizadas para venda.
A partir da década de 90, as empresas puderam investir pesado no marketing o que fez aumentar esse desejo em mais pessoas. Dessa forma, uma novo perfil de consumidor surgiu. Aquele que a cada estação espera ansiosamente por novas coleções, para que possa comprar as roupas e estar na moda. Isso culminou em um consumismo maior de peças de roupas. Assim, as grandes lojas estrangeiras, também conhecidas como lojas de departamento, fizeram com que os pequenos lojistas locais fechassem seus comércios por conta da baixa nas vendas.
Principais problemas do Fast Fashion
Quando as pequenas empresas de roupa precisam fechar por conta das lojas de departamento, se tem menos diversidade em produtos. Por exemplo, camisetas masculinas diferentes se tornam difíceis de se encontrar. Além disso, a qualidade também diminui por conta de um motivo: material de baixa qualidade e péssimas condições de trabalho.
As grandes fábricas, que mudaram para a Ásia para baixar os custos fazem suas peças com tecidos e linhas de baixa qualidade. Além disso, não oferecem o mínimo de condições de trabalho para seus funcionários, que na maioria das vezes trabalham até 16 horas por dia. Isso impacta no produto final que é barato e de baixa qualidade. Consequentemente, ele dura menos, o que leva o consumidor a ter que comprar peças de roupa com mais frequência.
O que se tem é um mercado que não é ético, que não pensa na sustentabilidade e que só visa o lucro. Tudo isso foi encoberto por um marketing muito bem feito.
Dessa forma, para não cooperar com um mercado de exploração de mão de obra, que só visa lucro e que não se importa com o meio ambiente, é preciso voltar a comprar dos pequenos lojistas.
O Slow Fashion como alternativa ética ao Fast Fashion
O movimento de parar de comprar em grandes lojas de departamento e voltar a ir em pequenos comerciantes, valorizando as peças de roupa produzidas localmente, possui o nome de Slow Fashion.
As confecções e lojas que integram esse movimento têm uma preocupação em relação à qualidade de suas peças, às condições de trabalho dos funcionários e à satisfação dos consumidores. Assim, é possível ter também diversidade em peças. Podemos citar lojas como a KORSAIR Clothing, por exemplo, que produz camisetas masculinas com estilo e possui apenas 8 grades de cada peça. Isso gera exclusividade, pois só algumas pessoas vão ter essa peças.
Além disso, as pequenas lojas que produzem suas próprias roupas costumam se especializar em estilos específicos para atender a certos públicos. Esses produtos são, geralmente, colecionáveis, pois são produzidos em poucas quantidades. Dessa forma, é possível ter camisetas masculinas estilosas e exclusivas, por exemplo. Assim, dificilmente é possível encontrar pessoas com peças de roupas iguais em um mesmo local.
A mudança ideológica de que comprar roupas em lojas de departamento é algo bom e barato está acontecendo aos poucos. Lentamente os consumidores estão preferindo exclusividade, qualidade e estilo ao invés de uma peça que representa a exploração de pessoas, falta de ética e nenhuma preocupação com o meio ambiente.
Website: http://korsair.com.br
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