A reserva de emergência precisa obter retornos compatíveis com a Selic e acima da inflação. Caso contrário, perde rentabilidade e poder de compra.
Com a poupança o investidor deixa dinheiro na mesa. Ainda mais agora, sob a regra nova, em que o investimento deve render apenas 70% da Selic. Em outras palavras, com a queda dos juros, a poupança deixa de render cerca de 6,17% ao ano e flerta com a expectativa de render abaixo de 5,78% no próximo ano. Então, onde devo deixar aquela reserva de emergência?
Vamos por partes. A reserva de emergência, ou colchão de liquidez, é aquele dinheiro que precisa estar à mão a qualquer hora para, como o próprio nome diz, ser utilizado em uma emergência. Ficou desempregado? O carro quebrou ou um vazamento inesperado apareceu? É por isso que esse dinheiro precisa estar em uma aplicação segura e acessível.
O ideal é ter, pelo menos, de seis a 12 vezes os seus gastos mensais em sua reserva financeira. Isto é, o valor necessário para pagar todas as despesas pessoais e contas pelo período de seis meses a um ano.
ONDE INVESTIR A RESERVA DE EMERGÊNCIA?
Sempre que se fala em reserva financeira de emergência, em dinheiro para curto prazo, em formação do colchão de liquidez, o ideal é o investidor aplicar em títulos pós-fixados. Esse tipo de aplicação permite capturar a rentabilidade diária da taxa básica de juros, sem as oscilações da marcação a mercado, ou seja, sem variação no preço do título, para baixo ou para cima, antes do vencimento.
“O investidor deve estar ciente de que sua reserva de emergência é um dinheiro que estará em uma aplicação de baixo risco, mas que precisa obter retorno compatível com a Selic e acima da inflação. Caso contrário, ele perde rentabilidade e poder de compra”, afirma Walter Poladian, planejador financeiro da Empiricus.
Existem algumas opções que permitem resgate a qualquer momento e com risco mínimo, semelhante à poupança, como, por exemplo, o Tesouro Selic e o Fundo DI.
TESOURO SELIC
É o papel mais recomendado para construir a reserva de emergência com títulos do Tesouro Nacional. Seu valor de mercado apresenta baixa volatilidade, reduzindo as perdas no caso de venda antecipada.
O dinheiro vai render o equivalente à taxa Selic. E assim como todos os títulos públicos, permite o resgate diário, ou seja, você pode vender títulos em qualquer data e no dia seguinte o dinheiro estará na sua conta.
O rendimento terá desconto de Imposto de Renda, da taxa cobrada pela BM&FBovespa (0,3% ao ano, sobre o valor dos títulos) e da taxa cobrada pelo banco ou corretora. No entanto, a Empiricus recomenda corretoras que não cobram taxa de administração (goo.gl/y4pPzA) por aplicação no Tesouro Direto.
FUNDO DI
O rendimento é parecido com o do Tesouro Selic, mas no fundo DI é cobrada a taxa de administração. “Nesse momento, muita gente pode acabar fazendo uma má escolha. Há uma grande quantidade de fundos DI com taxa de administração acima de 0,5% ao ano, o que prejudica em muito a rentabilidade”, alerta o planejador financeiro da Empiricus.
Porém, é possível encontrar bons fundos DI com taxa de 0,2% ao ano em corretoras ou distribuidoras de valores independentes, ou seja, que não estão ligadas a um grande banco.
A liquidez e o resgate desse tipo de aplicação são diários. Também há incidência de IR sobre o rendimento.
Para saber mais sobre os melhores investimentos para montar um colchão de liquidez e fazer seu dinheiro render, acompanhe as newsletters gratuitas da Empiricus (goo.gl/atRCPV). Todos os dias trazemos uma nova ideia para te ajudar a conquistar a independência financeira mais rápido.
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