“Precisamos de uma política industrial que contribua para modernização da indústria brasileira e assim aumentar a produtividade da economia do País. O Brasil necessita do aumento do consumo de bens de capital, de máquinas. Sabemos que o aumento da produtividade vem das máquinas”, assim José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas iniciou sua palestra ontem durante a realização da AGRISHOW, maior feira a céu aberto do mundo.
Segundo Velloso, o Brasil precisa de financiamentos competitivos que sejam compatíveis com o retorno das empresas. É necessária uma reforma monetária que permita a substituição da taxa Selic por uma taxa de juros de curto prazo fixada com valor próximo ou pouco acima da inflação projetada, acrescida do risco País. “Essa taxa – argumentou – deve remunerar os depósitos voluntários e compulsórios dos bancos. Precisamos ainda de uma taxa de longo prazo sendo definida pelo mercado. Continuou sugerindo que os resquícios de indexação de preços e contratos fossem eliminados”.
Para ele, o País precisa de investimentos. “O investimento de hoje é o crescimento de amanhã. Precisamos de programas de extensão tecnológica, investimento na engenharia brasileira e inserção do Brasil nas cadeias globais. Precisamos reindustrializar o País e precisamos de políticas que priorizem a competitividade e o aumento da participação da indústria de transformação no PIB. O país precisa de uma abertura comercial. NO entanto, esta abertura não pode ser feita de forma ingênua. Para podermos nos inserir nas cadeias globais, antes, necessitamos eliminar os efeitos do ‘Custo Brasil’ na nossa competitividade”, conclui.
MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Na sequência, Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da ABIMAQ falou das mesmas necessidades na área agrícola, enfatizando a necessidade de financiamentos compatíveis com o retorno das empresas.
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