O Resgate da língua francesa pelas antigas gerações e o desejo de imigração pelos mais jovens

Neste artigo abordaremos o movimento de retomada dos estudos do idioma francês por alunos nas décadas de 40 a 60 e que, atualmente, após se aposentarem, voltam a percorrer os caminhos da francofonia

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No cenário atual, há dois movimentos que, embora pareçam ser opostos, são bem marcantes no aprendizado da língua francesa no Brasil.

O primeiro movimento está relacionado à retomada dos estudos do idioma francês por alunos que estudaram a língua nas décadas de 40 a 60 e que, atualmente, após se aposentarem, voltam a percorrer os caminhos da francofonia.

Nesse contexto de demanda crescente dos alunos mais sêniores, as frases mais ouvidas por eles são: “Estudei francês na escola.” Ou ainda: “Tive que aprender francês para o meu mestrado e agora gostaria de retomar o estudo do idioma, quero voltar a estudar”.

E o que explica essa dinâmica atual? Qual o histórico desse alunado?

A importância do idioma francês no Brasil tem como grande marco a obrigatoriedade do ensino da língua na escola secundária brasileira no início do século XIX, precisamente em 1837, quando foi fundado o tradicional Colégio Pedro II. Além disso, o francês sempre esteve muito presente no meio acadêmico brasileiro (ainda é uma realidade, mas menos relevante!) e grande parte dos graduados das décadas de 50 a 70 teve contato com o idioma na escola e/ou na universidade.

O fato é que as exigências sociais e empregatícias obrigaram que os caminhos traçados se firmassem áreas especificas atuação. As cobranças por ascensão social e profissional já estavam incorporadas à sociedade e isso de tal modo que a atitude mais sensata era alcançar status social e comprometer-se com o mecanismo empresarial, abrindo mão de objetivos pessoais. Neste cenário, o aprendizado do inglês tornou-se quase que uma obrigação mesmo para aqueles que não desejavam se tornar anglófonos e o francês ficaria mais pra frente. E foi o que aconteceu.

Entretanto, a língua francesa permaneceu latente neste público e ela e vinha, ao longo dos anos, como uma memória que queria novamente se presentificar: Os admiradores da francofonia, enquanto passavam por todas as demandas exigidas, mantiveram dentro de si um desejo reservado de retomar o estudo da língua. Após anos adormecida, a vontade de estudar francês ressurge em momento oportuno, pois os ex-alunos de francês agora, em sua maioria aposentados e com mais tempo para si, resgatam sonhos antigos e voltam a estudar francês para enfim realizarem o desejo guardado por tanto tempo.

O relato de Consuelo, aposentada, 75 anos, aluna da Profrancês , representa bem esse desejo de retorno ao estudo do idioma: “A retomada do francês teve um aspecto fantástico, pois foi a retomada da língua da minha juventude. Quando era universitária, os textos, os livros, tudo envolvia o francês e foi fantástico também porque eu particularmente acho a língua linda, sonora e tenho um prazer muito grande em ouvi-la”.

A especialista na língua francesa, Márcia de Rizzo, da ProFrancês explica com autoridade esse movimento de regresso ao francês: “Este alunado mais sênior volta a estudar francês e reaprende muito rapidamente aquilo que já havia estudado há 20, 30 anos.” A docente acrescenta a sua reflexão: “É interessantíssimo ver que mesmo depois de tanto tempo, o cérebro está apto a relembrar uma língua estrangeira com tanta precisão!”

E o segundo movimento envolvendo a língua francesa?

O segundo movimento envolvendo a língua francesa – este liderado pelas gerações mais jovens (média de 25 a 45 anos de idade) – está relacionado principalmente às oportunidades de imigração ao Canadá.

O Canadá é um país que apresenta uma ótima oportunidade para brasileiros que pretendem emigrar. E os dados confirmam que está mais fácil do que parece: só entre janeiro e setembro de 2016, 92,4 mil brasileiros pediram permissão para residir no Canadá e quase 90% das solicitações foram aprovadas, segundo a agência canadense de imigração, refúgio e cidadania.

As demandas nos últimos anos sempre estiveram muito voltadas a ofertas de emprego. Mas, atualmente, é preciso ficar atento: Na era do Primeiro-Ministro Trudeau, o que parece estar em foco no momento é o “capital humano”, ou seja, a entrada de estrangeiros no país parece estar voltada para quem é jovem e que pretende estudar, sendo necessária a fluência em inglês e/ou francês.

Isso não quer dizer que as pessoas de 30 a 50 anos não tenham chance de emigrar ao Canadá, muito pelo contrário. Apesar de o foco atual parecer ser dos mais jovens, ainda há muitas oportunidades de emprego que podem ser preenchidas pelo público mais experiente, como as relacionadas à área de Tecnologia da Informação. Em abril do corrente ano, por exemplo, a região do Québec tem a estimativa de que sejam criados aproximadamente 20.000 postos de trabalho até 2021 e representantes das empresas na região já estão no Brasil liderando essas missões de recrutamento.

Márcia de Rizzo, especializada no ensino da língua francesa diz que: “Hoje em dia há uma procura considerável de adolescentes e jovens adultos que procuram aula de francês com o fito de emigrar ao Canadá, o que não acontecia muito no passado. A procura era mais de adultos que já estavam no mercado de trabalho. O domínio da língua francesa é essencial para aqueles que querem emigrar para o Canadá, pois todas as oportunidades de emprego e estudo envolvem o idioma e aquele que não está preparado, dificilmente será aceito”.

O fato é que, independentemente da idade, o objetivo de aprender francês é o fator mais relevante para a concretização do projeto pessoal, seja relacionado ao desejo de aprender uma língua nova, enriquecer a vida acadêmica ou até mesmo à busca por melhores oportunidades profissionais.

“A gente nunca sai perdendo em aprender uma língua nova. O francês é ainda muito presente e nunca “saiu de moda”. O novo presidente da França tem um carinho especial pela presença da francofonia nos cinco continentes e nesses próximos cinco anos ele deseja que haja uma relevância ainda maior do idioma no mundo todo, particularmente no Brasil”, diz Márcia de Rizzo, fundadora da escola.

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