O desequilíbrio emocional e a instabilidade financeira na busca pela recolocação

Quando o desemprego e a falta de dinheiro afetam a saúde emocional, o retorno ao mercado de trabalho pode ser ainda mais complicado

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Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a taxa de desemprego ficou em 12,2% no terceiro trimestre de 2017. Apesar de ter diminuído em relação aos meses anteriores, a estatística teve um aumento em relação ao mesmo trimestre de 2016 e apontou que 12,7 milhões de brasileiros estão desempregados. Os números poderiam ser ainda mais alarmantes, se não fosse a recuperação do emprego alavancada pela informalidade.

São quase 13 milhões de pessoas que perderam sua principal fonte de renda e que precisam criar novas estratégias que as tornarão novamente aptas para ocupar uma posição no mercado de trabalho. Infelizmente nem todas possuem um planejamento de carreira e a maioria foi surpreendida pela rescisão de seus contratos em um momento de crise econômica que causou demissões em massa até mesmo em empresas de grande porte e grandes grupos corporativos. Para esses 13 milhões de brasileiros surgiu também o desafio de aprender a lidar com o próprio desequilíbrio emocional: uma tarefa ainda mais complicada do que enfrentar um processo seletivo ou uma entrevista de trabalho.

“A falta de gerenciamento das emoções é o principal dificultador para o sucesso na recolocação profissional”, afirma Bruno Cunha, Headhunter & Master Coach de Carreira da Pontus Consultoria em RH ( www.coachbrunocunha.com). Para Cunha, cultivar o equilíbrio e a saúde emocional é promover o bem-estar psicológico de uma maneira geral. “Isso reflete na forma como nos sentimos em relação a nós mesmos e aprimora a qualidade das nossas relações com as pessoas e coisas ao nosso redor, inclusive nas relações de trabalho. Para quem está tentando uma realocação no mercado, o equilíbrio emocional é o primeiro passo em direção ao objetivo”, explica.

Instabilidade financeira

Entre os 13 milhões de brasileiros desempregados, muitos são homens e mulheres responsáveis não apenas pelo próprio sustento, mas por atender uma série de aspectos relacionados aos seus familiares e dependentes: alimentação, cuidados médicos, educação, vestuário, combustível e tantos outros gastos do cotidiano das famílias. Estar em uma situação em que outras vidas também dependem da renda oriunda do emprego que foi perdido mexe com o psicológico de qualquer um. Diante desse quadro, além do gerenciamento das emoções é fundamental que haja, mais do que nunca, um controle rigoroso das despesas.

O princípio básico da educação financeira, de não gastar mais do que se ganha, torna-se primordial em uma situação de desemprego. Cortar os supérfluos e abrir mão de gastos que não são estritamente necessários é a melhor forma de manter a balança equilibrada até que surja uma nova oportunidade de reingressar no mercado de trabalho. É justamente para atender essa demanda que muitas empresas estão investindo cada vez mais no outplacement, uma prática que chegou ao Brasil ainda na década de 1980 e que vem ganhando mais força nos últimos anos.

Outplacement, basicamente, é a humanização do processo de demissão e a recolocação do profissional no mercado. Em tempos de crise econômica e necessidade de cortes de gastos em diversos setores, muitos colaboradores acabam desempregados não por terem cometido erros ou estarem em desacordo com a visão de seus empregadores, mas simplesmente por uma questão de sobrevivência financeira da empresa. Através do outplacement, uma consultoria em Recursos Humanos será responsável por fazer um coaching e reavaliar a carreira do profissional recém-demitido até que ele possa ser reinserido em uma vaga de trabalho equivalente às suas habilidades e qualificações.

Para Cunha, o objetivo é que, apesar de toda a carga emocional envolvida em uma demissão, ela não se torne um trauma ou um obstáculo intransponível. Por meio do processo de assessoria de carreira, recolocação profissional e do coaching de carreira, qualquer profissional aprende a lidar melhor com suas próprias emoções nesse momento delicado da carreira e pode almejar o sucesso em outros desafios.

Conheça Bruno Cunha

Bruno Cunha é Headhunter & Master Coach de Carreira, com mais de 10.000 horas de atendimento presencial e online, ajudou milhares de profissionais no processo de desenvolvimento, recolocação profissional e transição de carreira. Saiba mais acessando o seu portal http://www.coachbrunocunha.com

Website: http://www.coachbrunocunha.com

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