Projeto Cidade Vigilante amplia combate e monitoramento de crimes em Santo André

Iniciativa pioneira entre as cidades da região contará com cerca de 30 mil vigilantes privados no auxílio da segurança pública

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A Prefeitura de Santo André formalizou nesta terça-feira (12), com o Sindicato das Empresas de Vigilância do Estado de São Paulo (Sesvesp) e o Sindicato dos Empregados das Empresas de Segurança e Vigilância e Guarda do ABC, o projeto Cidade Vigilante, iniciativa que tornará os quase 30 mil vigilantes privados que atuam na cidade em colaboradores na segurança pública. Na medida que presenciem, dos prédios, nas ruas ou em comércios algum tipo de delito ou ocorrência, estes agentes serão comunicadores e peças importantes no monitoramento da cidade, acionando a Guarda Civil Municipal (GCM) e as demais forças policiais imediatamente.

A assinatura foi formalizada na presença do prefeito Paulo Serra, da Dra. Miriam Bazote, Delegada da Regional ABC do Sesvesp e do secretário de Segurança Cidadã, Edson Sardano. “Tive pessoalmente diversas conversas com o prefeito para concretizar esta ação, que hoje contará com 36 empresas de segurança da cidade e em torno de 30 mil vigilantes, que serão novos olhos para a segurança pública do nosso município. Estamos em todos os lugares, porque não oferecer este olhar da segurança privada para toda a comunidade? Teremos nas ruas centenas de policiais privados trabalhando pelo município”, destacou Miriam Bazote. A delegada reforçou ainda que o setor é um dos maiores empregadores do país, que promove um constante processo de capacitação, qualificação e reciclagem de seus funcionários

Para o prefeito Paulo Serra, o projeto Cidade Vigilante coroa mais uma importante ação de governo no combate à criminalidade. “Nesta constante troca de experiências, estamos a cada dia recuperando o protagonismo de Santo André nas politicas públicas, em especial na segurança. Não podemos nos conformar com a ideia de que segurança pública é apenas uma obrigação do estado, apenas porque uma lei diz que a responsabilidade é específica. Estamos invertendo esta lógica e a partir disto criamos vários programas e integramos as forças policiais quando assumimos este desafio, desde o primeiro dia de governo, com a criação do Comitê Integrado de Segurança, analisando os índices criminais e desenvolvendo operações e programas específicos nos bairros da cidade”, pontua.

Serra lembra ainda que, além de ser a pioneira na assinatura do Cidade Vigilante, Santo André foi a primeira a integrar as câmeras dos radares fixos com o programa Detecta. “Fomos a primeira cidade da região metropolitana a assinar o Detecta, recuperamos 13 veículos desde o mês de abril e, para 2018, vamos expandir o Detecta para todas as câmeras da cidade. Estamos na fase final dos ajustes de tecnologia e vamos ampliar. A redução de furto de veículos virou uma constante na nossa cidade, com uma queda de 25%. O aumento na sensação de segurança gera um conceito de que a cidade tem fiscalização e comando. Temos diversos avanços, seja com a Sono Tranquilo, que percorre 35 bairros, lacramos mais de 15 estabelecimentos irregulares e multamos 800 motoristas que dirigiam com alto. Os índices estão caindo com a presença mais efetiva da GCM”, afirma o prefeito.

O secretário de Segurança Cidadã, Edson Sardano, lembrou que neste ano a GCM andreense teve grandes avanços e conquistas como a aprovação do estatuto específico da corporação, colocando fim a uma espera de 30 anos. “Se não valorizarmos o profissional de segurança não chegaremos a lugar algum, e por isso mesmo estamos disseminando este conceito de se pensar em segurança, para que isto rompa as fronteiras dos poderes e chegue de fato na ponta deste trabalho, saindo do viés corporativo e das instituições e chegando a quem de fato importa, para a população de Santo André”, finaliza.

Ainda durante a manhã desta terça-feira, o saguão do Teatro Municipal foi palco do seminário “Segurança Pública no Século XXI – Uma Nova Visão”. O evento contou com a apresentação de Guaracy Mingardi, sociólogo e especialista no tema, fazendo uma análise dos modelos de segurança pública em diversos estados do país, mostrando experiências de sucesso. “O que podemos fazer então para repensarmos a questão da segurança pública nas grandes cidades passar por alguns passos, como a definição dos papéis, a criação de carreiras policiais reais, apresentação de resultados, desburocratizando o sistema e eliminando os feudos institucionais”, destacou.

Texto: Daniel Betega

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