Moradores do Conjunto Habitacional Graciliano Ramos, na Vila Scarpelli, começaram neste sábado (17) a receber da Prefeitura as escrituras dos apartamentos em que moram. O prefeito Paulo Serra esteve no local e fez a entrega das matrículas para 15 munícipes. Nos próximos dias, todos os 120 moradores do conjunto receberão as escrituras.
Esta é a última etapa do processo de remoção e reassentamento das famílias que residiam no antigo núcleo urbano informal Graciliano Ramos e que moram no conjunto habitacional desde 2015.
Durante a cerimônia realizada na manhã deste sábado, o prefeito Paulo Serra ressaltou os investimentos em Habitação realizados pela atual administração. “Mais de duas mil unidades habitacionais estão sendo produzidas na cidade. Em um ano, estão sendo construídas mais unidades do que nos últimos cinco anos. Mas além de produzir, a gente quer regularizar, colocar a escritura na mão do morador. Isso é dignidade, é respeito. Claro que é bom ter a posse do imóvel, mas quando você pega a escritura, tem a convicção de que o imóvel é seu. É a cidadania completa”, destacou.
O processo de remoção das famílias para a construção da unidade habitacional no mesmo local onde havia o núcleo informal começou em 2001. O empreendimento foi realizado com recursos do governo federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e do FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social). As unidades começaram a ser entregues em 2015, porém sem as escrituras.
“Este é apenas o primeiro grupo de documentos a serem entregues, mas todas as unidades já estão regularizadas. Conforme os documentos forem chegando, vamos entregando aos moradores. Esta ação é parte de um compromisso do prefeito com a cidade, que é de promover a regularização fundiária. Isso implica na na valorização do imóvel e, principalmente, na dignidade das pessoas”, reforçou o secretário de Habitação e Regularização Fundiária, Fernando Marangoni.
O síndico do condomínio, Ademir Gomes da Silva, de 55 anos, mora no local desde o tempo em que não havia prédios, mas sim uma comunidade. Ele considera a entrega das escrituras uma vitória para os moradores. “Nós lembramos muito bem de como esse lugar era antes e a luta muito grande que foi para a gente chegar onde chegou. Foi um processo complicado, lento, por isso é hora de comemorar. Agora a gente tem um lugar melhor para morar e tem a conquista da escritura”, afirmou.
“Ter esse papel na mão representa um sonho realizado, que eu espero há mais de 40 anos. É uma felicidade imensa”, comemorou Flávia Aparecida de Almeida, de 41 anos. Flávia também já morava na região quando existia no local uma comunidade e teve que passar um tempo morando no alojamento construído para os moradores esperarem a conclusão das obras.
“Foi um tempo difícil, mas valeu a pena, pois agora tenho a certeza de que tenho uma moradia e que, caso eu faltar, posso deixar para os meus filhos e meus netos. É uma segurança para o futuro”, disse Flávia, que tem três filhos e uma neta.
Foto: Ricardo Trida
Texto: Paola Zanei