Cidade de Mogi das Cruzes cadastra 17 projetos no Ministério do Turismo para a captação de recursos

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A Secretaria Municipal de Cultura, que responde pela Coordenadoria de Turismo de Mogi das Cruzes, acaba de apresentar 17 projetos ao Ministério do Turismo, com o intuito de captar recursos para ações de melhorias na infraestrutura turística da cidade. As propostas, que preveem revitalizações e complementos aos destinos turísticos já existentes, bem como a implantação de novas estruturas, passarão pela análise do Ministério e poderão ser financiadas, caso sejam aprovadas.

Os projetos apresentados por Mogi englobam as mais diversas partes do município. Sabaúna, por exemplo, aparece em três delas. Uma prevê a revitalização das fachadas históricas do distrito, preservando sua memória arquitetônica e tornando-o ainda mais atrativo em termos turísticos. A outra tem como alvo a estrada de ferro que corta o local e precisa passar por uma revitalização, para que futuramente possa receber o Trem Maria Fumaça.

Sabaúna e Cezar de Souza estão incluídos na proposta de implantação de sinalização e áreas de descansos na Rota da Luz, além da criação de uma interligação sinalizada entre o Caminho do Sal, em Taiaçupeba e a Rota da luz, possibilitando assim que turistas saiam de São Bernardo do Campo, passem por Santo André e Taiaçupeba, entrem na nova rota de ligação e sigam para Aparecida do Norte.

Vale lembrar que Sabaúna já teve dois projetos de melhorias aprovados, ambos referentes à sua estação ferroviária, sendo um com recursos do próprio Ministério de Turismo e outro a partir do programa Município de Interesse Turístico, do Governo do Estado de São Paulo.

Um dos maiores ícones arquitetônicos do município, o Casarão do Chá também foi alvo de uma proposta enviada ao Ministério. A ideia é promover uma série de melhorias no local, de forma que ele consiga receber os turistas com mais conforto e qualidade. Essas melhorias compreendem construção de sanitários, instalação de um portal de entrada e sinalização na estrada que dá acesso ao local, instalação de mobiliários urbanos e postes de iluminação e também melhorias no piso da estrada, da área de visitação e do estacionamento do local.

A prática do vôo de asa delta e paraglider, que já é bastante conhecida e praticada em Mogi, foi outra presente na relação de projetos inscritos. A ideia é construir uma área de pouso para os praticantes, na região da Vila Nova Mogilar, com infraestrutura administrativa e receptiva.

O Pico do Urubu, considerado um dos maiores cartões postais da cidade e de onde a maioria dos praticantes de vôo salta, também entrou na listagem. O projeto inscrito tem como objetivo transformar em estrada-parque um trecho de dois quilômetros da Estrada Cruz do Século, que dá acesso ao local, o que significa instalar piso intertravado em locais específicos e também criar soluções para a drenagem da pista, diminuindo assim a ocorrência de buracos, erosões e pontos de atoleiro.

Também está nos planos da Coordenadoria Municipal de Turismo transformar os calçadões da área central em uma grande galeria de arte urbana a céu aberto, o que se resume a aplicar uma camada de tinta no piso de todo o calçadão, para que ele possa receber grafismos, a exemplo do que foi feito em Santiago do Chile.

Mogi também está solicitando ao Ministério recursos para implantar um Centro de Informações Turísticas no Parque da Cidade, a exemplo da unidade que já existe no Parque Centenário da Imigração Japonesa.

Para o Parque Centenário, aliás, foi cadastrado um projeto, que prevê a construção de uma nova estrutura fazendo alusão ao navio Kasato Maru, de forma que sua parte vire um espaço de exposição de materiais fotográficos e utensílios das famílias japonesas e o pavimento superior sirva como um mirante de toda a área do parque.

Demais projetos

Outro projeto inscrito pelo município é o de construção de um galpão de cerca de 1.200 metros quadrados, para a instalação de um museu de carros antigos, em parceria com o Clube de Carros Antigos de Mogi das Cruzes. A ideia é que a estrutura seja implantada em Braz Cubas e absorva todo o acervo que o clube já possui, de aproximadamente 150 carros.

Também existe um projeto para que a entrada da cidade, na altura do Jardim Aracy, volte a ter um portal de entrada, com arquitetura moderna e acabamentos clássicos, além de guarita central e mirante para observação da Serra do Itapety, com acessibilidade.

Na região do Taboão, há uma proposta inscrita para a construção de uma nova rota turística ao longo da Estrada São Bento do Lambari, que seria sinalizada por dois pórticos nos acessos à estrada e receberia ornamentos característicos ao longo de sua extensão.

A Ilha Marabá, que durante mais de dois anos abrigou a sede da Coordenadoria de Turismo, hoje alocada no Casarão do Carmo, também é alvo de um projeto inscrito junto ao Ministério. A meta é que o local se transforme efetivamente em um atrativo ecoturístico, com trabalhos de educação ambiental e também estrutura para prestar os primeiros socorros e fazer a reintrodução de animais silvestres na natureza.

Outra proposta prevê a reativação de um teleférico na cidade. Ainda não há um projeto elaborado, mas a ideia inicial é implantar a estrutura entre as proximidades do Parque Centenário e o Pico do Urubu, criando assim um novo equipamento de lazer na cidade.

Especificamente para o Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello, que é uma reserva da Mata Atlântica, a proposta inscrita prevê a implantação de uma nova trilha contemplativa no espaço, com trecho de arvorismo contemplativo e torres de observação de pássaros.

Somando todas os projetos inscritos, os recursos totais pleiteados são da ordem de R$ 10,5 milhões.

O secretário municipal de Cultura e coordenador municipal de Turismo, Mateus Sartori, explica que esta ainda é a primeira etapa, em que o município fez a inscrição dos projetos em respeito aos prazos estipulados pelo Ministério do Turismo. Mas a expectativa é que a cidade seja contemplada em algumas das ações, podendo assim executar e melhorias em benefício do turismo local.

“Ideias não faltam para impulsionarmos o turismo de Mogi das Cruzes, mas o município precisa de aporte financeiro para tirar esses projetos do papel. Já conseguimos captar alguns recursos do Ministério do Turismo em 2017, então estamos otimistas que o município consiga apoio em pelo menos algumas dessas ações inscritas. Vamos aguardar”, destaca.

Este programa de apoio a projetos de infraestrutura turística foi aberta pelo Ministério do Turismo em janeiro deste ano e o prazo limite para a inscrição de propostas foi 22 de fevereiro. Os recursos a serem destinados aos projetos aprovados são provenientes da programação orçamentária do Ministério do Turismo. Todos os detalhes sobre a obtenção do apoio estão descritos na portaria nº 39/2017. (Lívia de Sá)

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