Acompanhado pelo secretário de Saúde, José Sérgio Iglesias Filho e pela adjunta, Graciane Dias Figueiredo Mechenas, o prefeito Guti recebeu na tarde de quarta-feira (11), no auditório do Paço Municipal, 14 representantes do Movimento Popular pela Saúde. A falta de insumos e medicamentos na rede pública de Saúde pautou a reunião e a comissão solicitou uma complementação orçamentária para resolver a questão.
O prefeito explicou que já trabalha com um orçamento muito apertado, mas assegurou que está fazendo de tudo para recuperar essa questão orçamentária. “Temos um orçamento muito apertado esse ano e não fomos nós que o executamos. Temos uma receita aquém do que foi projetado, com uma quebra de caixa de R$ 600 milhões. Além disso, tem a questão das dotações orçamentárias, ou seja, para a Prefeitura poder pagar tem de estar previsto, e muitas coisas foram deixadas, infelizmente”, disse.
Apesar do problema de caixa, o prefeito esclareceu que já está investindo em Saúde 28% do orçamento, ou seja, quase o dobro do percentual de 15% que determina a Constituição Federal. Explicou também por conta da dificuldade financeira encontrada no início do ano teve de optar por resolver as questões mais graves e que não podiam para esperar. Por isso, decidiu injetar mais recursos no setor de urgência e emergência esse ano.
“As pessoas que estão nos serviços de urgência e emergência talvez não tenham mais um dia de vida se não tiverem assistência adequada. E foi isso que foi feito, fizemos algumas mudanças robustas e de gestão. O HMU, hoje, mesmo com obras já está atendendo melhor”, esclareceu. Segundo o prefeito, diante do orçamento herdado e segundo o princípio da razoabilidade, optou por deixar os investimentos maiores na Atenção Básica para os próximos anos.
No entanto, para resolver essa questão de faltas de insumos e medicamentos, fruto de uma dívida de cerca de R$ 70 milhões com os fornecedores herdada da administração anterior, Guti falou de medidas que está adotando a fim de aumentar o fluxo de caixa. Entre elas, a aproximação maior entre a iniciativa privada e o poder público.
De acordo com o secretário de Saúde, José Iglesias, outra medida para agilizar a regularização de medicamentos e insumos. “Fizemos várias mudanças no setor de Compras da Saúde e, com isso, conseguimos encurtar alguns prazos”, disse.
Participaram da reunião o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Antonio Luiz do Valle, Rosália Lima, Lúcia Helena de Oliveira, Rogério de Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública Municipal de Guarulhos, além de outros 10 representantes do Movimento Popular pela Saúde.