O sinal amarelo está ligado e o guarulhense não pode esmorecer no combate aos focos de criadouros do mosquito transmissor da dengue em sua moradia. Alguns bairros da cidade, como Torres Tibagi, Água Chata, Lavras e Água Azul, já se encontram em situação de risco, de acordo com classificação do Ministério da Saúde.
Essa preocupação é respaldada pela Secretaria de Saúde, após realizar a Avaliação de Densidade Larvária (ADL) do Aedes aegypti. Em novembro passado, o resultado apontou que a cada 100 casas inspecionadas, uma apresentou larvas do vetor Aedes aegypti, o que colocou Guarulhos em estado de alerta para a infestação desse mosquito, que é transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. O estudo, também conhecido como índice de Breteau, foi realizado novamente em fevereiro deste ano e mostrou um índice ainda maior: de cada 100 casas supervisionadas, 2,1 apresentaram foco do mosquito.
Também chamado de Levantamento Rápido do Índice de Infestação peloAedes aegypti (LIRAa), a pesquisa é elaborada pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios. Feita por amostragem, a análise foi realizada em 39 bairros de Guarulhos, nos quais foram visitados 36.064 imóveis, sendo que 13.530 estavam fechados ou moradores recusaram a entrada dos agentes de saúde e 22.534 foram efetivamente trabalhados.
Índices
De acordo com o Ministério da Saúde, a classificação do índice satisfatório de infestação corresponde a menos do que um recipiente com larvas para cada 100 imóveis visitados; entre 1,0 e 3,9, a situação é de alerta; e acima de 3,9, passa a ser situação de risco. Os bairros com menor índice de infestação foram Aracília (0,00), Jardim Vila Galvão (0,65), Vila Augusta (0,79), Bela Vista (0,62) e Cocaia (0,66). Enquanto que o índice mais elevado foi encontrado em Torres Tibagy (6,28), Água Azul (6,13), Água Chata (5,41) e Lavras (4,81).
Os grandes vilões para a proliferação do vetor continuam os mesmos: vasos e pratinhos de plantas, garrafas retornáveis, piscina desmontável, latas e frascos, calha, bandeja de geladeira, de bebedouro e ar condicionado, ralos externos e internos, além de depósito de água sem a devida proteção. “Isso mostra que os criadouros estão dentro da casa das pessoas. Portanto, a população deve fazer a sua parte. Só assim ficaremos protegidos contra essas doenças”, enfatiza a bióloga e gerente do Centro de Controle de Zoonoses, Karen Avilez de Andrade. Diante do resultado do levantamento, a Secretaria de Saúde intensificará o trabalho de controle do vetor com ações casa a casa nas áreas com índices mais elevados de infestação do mosquito Aedes aegypti.
Imagem: Márcio Lino/PMG