Prestes a completar 21 anos, o Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe) terá a prefeitura de Jundiaí como parceira da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para apoiar a inovação em startups.
O acordo estabelece que a seleção de projetos que receberão apoio para pesquisa científica e tecnológica terá foco no desenvolvimento de produtos e serviços de interesse regional. O objetivo está alinhado aos do Pipe, de apoiar a pesquisa em ciência e tecnologia como meio de promover o desenvolvimento empresarial e aumento da competitividade de pequenas empresas.
Pelo acordo de cooperação, a ser assinado em data a ser definida, os temas das chamadas de propostas serão definidos em conjunto pelos dois parceiros. O objetivo será qualificar e desenvolver pequenas empresas como potenciais fornecedoras de outras companhias da região de Jundiaí.
Contrapartida
Uma das contrapartidas oferecida por Jundiaí será a oferta de espaço físico na “Incubadora de Empresas” da cidade às startups selecionadas. Pelo programa da Fapesp, as empresas apoiadas recebem recursos para a execução de pesquisa científica e tecnológica, a serem desenvolvidos por pesquisadores associados a pequenas empresas sediadas no Estado de São Paulo.
“O interesse e suporte da prefeitura de Jundiaí a empresas que venham a ser apoiadas traz um importante diferencial que, esperamos, demonstre a importância de iniciativas regionais para a criação de ecossistemas de inovação com aspiração de impacto mundial, que é o que a fundação busca”, explica Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.
O acordo de cooperação foi fechado após o programa registrar, no ano passado, recorde de projetos e valores contratados. No total, em 2017, o Pipe contou com a contratação de 237 novas propostas, que receberão subvenção de R$ 79,8 milhões.
Ineditismo
A iniciativa foi o primeiro programa de uma agência brasileira de fomento à pesquisa científica a conceder recursos não reembolsáveis diretamente para a pequenas empresas. O programa, inspirado no “Small Business Innovation Research”, criado por lei do Congresso dos Estados Unidos, é hoje o maior do Brasil a apoiar inovação em startups.
No ano passado, ao completar 20 anos, o Pipe já havia alcançado a marca de quase 1.780 projetos contratados e mais de R$ 360 milhões destinados, com recursos exclusivos da Fapesp, a cerca de 1.100 empresas.
Os projetos de pesquisa desenvolvidos têm relevante impactos sociais e econômico, como balões para sensoriamento de áreas de fronteira, cadeiras de rodas controladas pelo movimento do rosto e materiais nanoestruturados bactericidas e anticorrosivos integrados em embalagens de alimentos.