Projeto incentiva o desenvolvimento de cidades do Paranapanema

No município de Timburi, Fórum Náutico Paulista debateu estratégias para estimular atividades turísticas na região

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Projeto de Lei busca instituir a região de Angra Doce como Área Especial de Interesse Turístico
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Pela primeira vez desde a criação do Fórum Náutico Paulista, uma reunião da Câmara Temática aconteceu fora da capital paulista. O local escolhido foi a cidade de Timburi, que faz parte da região que está sendo popularmente conhecida por “Angra Doce”.

Em razão de ser banhada por um lago de 400 km², formado pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Chavantes, com águas limpas e belezas naturais, o local possui grande potencial para o desenvolvimento do turismo náutico de água doce no Estado.

Durante o encontro, o presidente do Fórum Náutico Paulista, Marco Antonio Castello Branco, fez uma apresentação em que destacou a necessidade de se instalar na região uma infraestrutura pública e privada para desenvolver e atrair o setor.

“Estamos levando o Fórum para os pontos necessários. Onde tem água é preciso ter rampa ou marina pública e segurança para atrair cada vez mais pessoas. Turismo não é passeio, mas sim desenvolvimento econômico que gera emprego, renda para a população local e aumento da arrecadação municipal”, ressalta Marco Antonio Castello Branco.

Potencial

O secretário de Turismo do Estado, Fabrício Cobra Arbex, destacou todo o potencial para o desenvolvimento econômico por meio do estímulo à região. “Na indústria, o homem pode ser substituído pela máquina, mas isso não acontece no turismo. Em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, realizaremos um diagnóstico para a evolução do projeto Angra Doce, gerarando mais emprego e renda para a população”, comenta Fabrício Cobra Arbex.

Para o prefeito de Timburi, Paulo Minizzi, as águas que banham o município apontam o caminho para o desenvolvimento do local. “Precisamos aproveitar esse momento para fortalecer o turismo nos municípios da região, atraindo investidores e desenvolvendo nossa infraestrutura”, destaca.

Participaram também da reunião o presidente da União dos Municípios da Média Sorocabana (Ummes) e prefeito de Ipaussu, Sérgio Guidio, o presidente da Câmara Municipal de Timburi, Silvinho Polo, a prefeita de Barão de Antonina, Maria Neres, o prefeito de Fartura, Hamilton Bortotti, o prefeito de Bernardino de Campos, Odilon Martins, a tenente da Capitania Fluvial do Tietê-Paraná, Fabiana Cristina Romão Pereira, e o capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil, André Luiz Pereira, além de secretários dos municípios, presidentes de associações e empresários.

Angra Doce

O Projeto de Lei nº. 3031/2015 busca instituir a região de Angra Doce como Área Especial de Interesse Turístico, composta por municípios dos Estados de São Paulo e do Paraná. A iniciativa visa a resguardar a riqueza natural da região e ampliar o potencial de turismo dos rios e represas.

O reservatório da Usina Hidrelétrica de Chavantes, localizada no Rio Paranapanema, a três quilômetros da foz do Rio Itararé, ocupa uma área de aproximadamente 400 km² que deu origem a um grande lago repleto de belezas naturais. Isso permitiu aos municípios do entorno aproveitar o potencial para desenvolver entretenimento e lazer, com condições de se tornar um importante destino turístico nacional.

A área abrange os municípios de Chavantes, Ourinhos, Canitar, Ipaussu, Timburi, Piraju, Fartura, Bernardino de Campos, Itaporanga e Barão de Antonina, no Estado de São Paulo, e as cidades de Ribeirão Claro, Carlópolis, Siqueira Campos, Jacarezinho e Salto do Itararé, no Paraná.

O Fórum Náutico Paulista apoia, coordena e incentiva as ações voltadas ao desenvolvimento do setor náutico no Estado de São Paulo, integrando entidades públicas e privadas, com o objetivo de promover os diversos segmentos relacionados ao esporte, turismo, indústria, comércio e serviços.

Atualmente, a Região Sudeste possui 40 estaleiros, que geram mais de 100 mil empregos diretos e indiretos. Os quatro estados são responsáveis por aproximadamente 50% da produção da frota náutica. Em 2014, o mercado movimentou US$ 700 milhões, importou 204 embarcações e vendeu 6.100 jets.

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