A secura vaginal consiste na diminuição ou ausência da lubrificação natural da vagina, que ocorre principalmente no período da menopausa, devido à queda nos níveis de estrogênio. Este problema causa, principalmente, dor durante a relação sexual, podendo levar à perda de libido, culpa e baixa autoestima, além de afetar a harmonia do casal.
Quando a mulher pode realizar a reposição hormonal com estrogênio, este sintoma de secura vaginal é reduzido consideravelmente. No entanto, nem todas as mulheres estão aptas a fazer a reposição hormonal. Nestes casos, o tratamento com laser pode ajudar a reconquistar uma vida sexual satisfatória. Conversamos com o ginecologista Dr. Carlos Del Roy, CRM-SP 62.224 sobre o laser vaginal, suas indicações e benefícios. Veja os detalhes desta entrevista, nos parágrafos a seguir.
A Secura Vaginal
A partir da menopausa, os ovários produzem uma menor quantidade de estrogênio, o hormônio responsável por todas as características femininas, como o tamanho dos seios, textura da pele, controle da ovulação e preparo do útero para abrigar o bebê e também a lubrificação vaginal: condição essencial para a libido.
Com a redução nos níveis de estrogênio, as paredes vaginais tornam-se mais finas, mais secas e menos flexíveis. Esta condição, chamada de atrofia vaginal, é comum no período da menopausa. Estima-se que 60% das mulheres podem desenvolver secura e prurido vaginal.
Este sintoma desconfortável pode ser embaraçoso e até mesmo afetar o bem-estar físico e emocional da mulher, tornando o sexo desconfortável e dolorido. Infelizmente, 90% das mulheres que sofrem com este problema não procuram tratamento médico.
O Laser Vaginal
“O tratamento com laser consiste em uma sessão de 10 a 20 minutos, em que a luz do laser estimula a formação de colágeno na camada da mucosa vaginal. Também ocorre um tensionamento desta mucosa, que leva à estimulação da hidratação vaginal. A anestesia utilizada é tópica e a sensação descrita pelas mulheres que já realizaram o procedimento é de um ligeiro ardor, perfeitamente tolerável.”, explica o ginecologista Dr. Carlos Del Roy, CRM-SP 62.224.
O laser vaginal é seguro, indolor e não causa queimaduras, sendo possível retornar às suas atividades normais no mesmo dia, e logo após uma semana já é perceptível a melhora na lubrificação vaginal.
Aplicado no interior da mucosa vaginal, por meio de uma ponteira específica, o laser promove o inchaço desta região, com um aumento na sua vascularização. Isto leva a um aumento na produção de colágeno, proteína que confere sustentação à pele.
Como o laser provoca um discreto corte no tecido da mucosa vaginal, o organismo reage defensivamente, formando novas células secretoras de colágeno e elastina.
Quem Pode Fazer o Tratamento com Laser Vaginal
Qualquer mulher que apresente os sintomas de falta do estrogênio (perda na lubrificação, ardor, dores nas relações sexuais, perdas de sangue após observação ginecológica, infecções vulvovaginais de repetição) pode recorrer a este método de tratamento, desde que devidamente avaliada pelo seu ginecologista.
“O laser vaginal está sendo utilizado principalmente pelas mulheres na menopausa, quando não podem realizar a reposição hormonal com estrogênio. Contudo, existem algumas condições que podem levar à queda dos níveis deste hormônio, como quimioterapia, radioterapia ou mesmo tratamentos hormonais em que a mulher deixa de menstruar.”, complementa o ginecologista Dr. Carlos Del Roy, CRM-SP 62.224.
Quais São os Resultados do Laser Vaginal
Quanto mais jovem a mulher e menor o período em menopausa, melhores serão os resultados. Em cerca de 80% das pacientes, apenas a primeira sessão é suficiente para que haja uma melhora significativa.
Nos casos mais resistentes, como nas mulheres submetidas a tratamento com radioterapia, pode ser necessário um número maior de sessões.
Se a atrofia persistir e os efeitos do tratamento passarem a regredir, pode ser necessário um reforço após 12 meses da primeira sessão. Contudo, este tratamento não oferece riscos, pois o laser é uma energia limpa e segura.
Quais as Recomendações para o Tratamento com Laser Vaginal
A mulher que vai realizar este procedimento deve ter feito uma revisão ginecológica nos últimos 12 meses, para rastreio de câncer de colo de útero ou vagina.
Deve-se interromper o uso de cremes ou óvulos vaginais na semana anterior ao tratamento e não pode haver infecção aguda ou recente, especialmente de herpes genital.
O Dr. Carlos Del Roy, CRM-SP 62.224 é médico ginecologista, especialista em Uroginecologia e distúrbios do assoalho pélvico. Seu consultório está localizado no Itaim Bibi, em São Paulo. Para saber mais sobre o procedimento de laser vaginal e outros assuntos relacionados à saúde íntima da mulher, acesse o seu site: drdelroy.com.br
Website: https://drdelroy.com.br/laser-vaginal-na-saude-intima-da-mulher/
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