Profissional orienta sobre práticas para manter a saúde, bem-estar e qualidade de vida nesta época do ano
O período de tempo seco já está em vigor para quem mora em boa parte do país com a presença do inverno, sendo uma época do ano que afeta bastante a saúde das pessoas. Durante esta estação, a umidade relativa do ar chega a ficar abaixo de 30%. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que o nível permaneça na faixa entre 50 e 80%.
A farmacêutica e supervisora de treinamentos do Laboratório Teuto, Magali Tamas, explica que a baixa umidade impacta na qualidade do ar. “Ele acaba ficando mais ‘sujo’, com maiores concentrações de alérgenos, poluentes químicos e biológicos (vírus e bactérias). Para piorar a situação, a mucosa nasal tende a ficar ressecada e com fissuras que facilitam a entrada e desenvolvimento dos microrganismos”, adverte.
A Organização Mundial da Alergia (WAO, na sigla em inglês), por meio de uma pesquisa, constatou que cerca de 30% a 40% da população mundial sofre com rinite alérgica, tem sua incidência intensificada no tempo seco. Isso acontece principalmente pela maior presença de alérgenos no ambiente seco.
Magali comenta que apesar da rinite não oferecer risco de vida, como pode acontecer em casos de asma e bronquites, ela impacta fortemente na qualidade de vida do indivíduo ao prejudicar a respiração e o sono. “O uso de medicamentos antialérgicos isentos de prescrição (MIPs) como Loradine, Polaryn ou Maleato de Dexclorfeniramina podem ajudar no controle da rinite – sendo importante manter medidas de prevenção no ambiente e buscar a orientação do médico ou farmacêutico”, orienta a profissional.
Além disso, a baixa umidade do ar propicia o surgimento de doenças como as dermatites (inflamação da pele). “O tempo seco, o frio e banhos muito quentes diminuem a camada natural de proteção da pele, que perde a lubrificação, razão pela qual as coceiras e dermatites podem surgir ou até mesmo se agravar. Por isso, é importante a hidratação corporal e labial neste tempo seco”, recomenda.
“O uso frequente de hidratantes contribuem para a nutrição e renovação natural da pele. Além de formar uma camada protetora que ajuda a manter a hidratação da pele evitando assim a descamação e o ressecamento”, comenta Magali.
Outro ponto que a farmacêutica chama a atenção é para os cuidados com a saúde ocular, que fica de lado muitas vezes. “Precisamos manter os olhos lubrificados para preservar a saúde no tempo seco. Isso pode provocar o ressecamento na região, principalmente neste período de pandemia em que o tempo diante das telas aumentou devido ao home office, o que deixou uma rotina de longo período em frente às telas. Produtos como colírios são indicados para manter o conforto ocular, mas seu uso deve ser feito com a orientação de um profissional de saúde”, ressalta a supervisora de treinamentos.
Magali chama a atenção também para a importância do cuidado com a alimentação. “Ter um sistema imunológico eficiente é fundamental para nos proteger das doenças comuns no tempo seco, por isso é fundamental uma alimentação balanceada, rica em vitaminas e minerais. Além disso, o uso de suplementos alimentares, como o Tua D e o A-Z Polivitaminico, que podem contribuir nesta tarefa”, salienta.
Outra dica, segundo a farmacêutica, é a adoção de práticas diárias para a saúde, bem-estar e qualidade de vida. “Precisamos manter hábitos como beber bastante água, aplicar soro fisiológico no nariz e manter a umidade do ambiente, utilizando umidificadores de ar ou até mesmo bacias de água em casa. Nesta última opção, sem se esquecer de retirar a água e limpar as bacias diariamente para evitar a dengue. Cuidados na hora do banho também são importantes, como tomar banhos rápidos, manter a água em uma temperatura morna, utilizar sabonetes neutros e após secar a pele de forma suave usar um hidratante”, finaliza Magali.