Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Essas doenças oferecem ou não risco aos nossos pets?

Já não bastasse ter que lidar com Dengue, Zika e Chikungunya, agora a febre amarela chega para preocupar ainda mais a população brasileira. Saiba quais cuidados devemos ter com os nossos pets e quais doenças são transmissíveis.

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SB post

A doença teve seu provável primeiro relato num manuscrito maia de 1648 em Yucatan. De acordo com o site do Ministério da Saúde, no Brasil a febre amarela apareceu pela primeira vez em Pernambuco, no ano de 1685 e no período de 1980 a 2004, foram confirmados 662 casos de febre amarela silvestre, com ocorrência de 339 óbitos, representando uma taxa de letalidade de 51% no período. É importante saber que a doença apresenta dois ciclos epidemiológicos, o urbano (transmitido pelo Aedes aegypti) e o silvestre (transmitidos pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes).

Mas, como essas doenças afetam nossos pets? Devemos nos preocupar?
A boa notícia que é nossos cães e gatos não pegam febre amarela. Apenas humanos e macacos são hospedeiros do vírus. Como os macacos possuem um sistema imunológico mais fraco do que o nosso, acabam morrendo precocemente.

Mas, o fato dos pets não contraírem a doença, não significa que ela não ofereça perigo, pois os mosquitos transmissores da febre amarela são os mesmos que transmitem doenças como Leishmaniose e Dirofilariose (Verme do Coração). Além do Aedes aegypti, existem cerca de 29 espécies de mosquitos do gênero Aedes, 12 do gênero Anopheles, 14 do gênero Mansonia e 6 do gênero Culex. Praticamente um exército de insetos contra a nossa saúde e dos nossos bichinhos de estimação.

Aqui vão algumas informações sobre essas doenças, para que todos os tutores estejam preparados para prevenir e não apenas remediar.

Isso mesmo o Aedes Aegypti, e os mosquitos Culex e Anopheles são os responsáveis por transmitir a DIROFILARIOSE, doença grave em que o mosquito infectado libera larvas na corrente sanguínea dos pets e se alojam no ventrículo direito, na artéria pulmonar e na veia cava, causando os sintomas de redução da função cardíaca, dificuldade respiratória e tosse crônica. Mais comum em cachorro do que em gatos, a eficácia do tratamento se deve à rápida identificação da doença.

Já a LEISHMANIOSE é transmitida através do mosquito-palha também conhecido como flebótomo fêmea. A doença é altamente infecciosa, não tem cura, mas é possível reverter os sintomas. Vale lembrar que a doença pode ser transmitida para humanos e infelizmente muitos animais são encaminhados para eutanásia devido a gravidade da doença. A limpeza de terrenos onde há lixo e material orgânica ajuda a evitar a propagação do inseto.

Ainda temos a Doença de Chagas causada pelo triatomídeo também conhecido popularmente por Barbeiro, que defeca ao picar o pet e assim contamina o local.

Além dos mosquitos, devemos ter muita atenção com as moscas. A varejeira (Cochliomyia hominivorax), por exemplo, causa BICHEIRA ao depositar suas larvas em feridas expostas. Muitas vezes, devido ao tamanho do ferimento e da infecção, a amputação é o único método de tratamento e cura da doença. Já a Dermatobia hominis conhecida como mosca-berneira é a causadora do BERNE, que pode contaminar a pele de qualquer animal, até mesmo se não houver ferimento.

PREVENÇÃO. QUAIS CUIDADOS DEVEMOS TER?
“Aqueles cuidados básicos que devemos ter em casa, como não deixar água parada em vasos, calhas, pneus, garrafas e outros utensílios, além da higienização em ralos e esgotos também servem como precaução para nossos pets. E claro, a água que é oferecida ao pet deve ser sempre fresca e trocada constantemente do pote”, explica o diretor veterinário da Health For Pet, Dr. Jose Roberto Souza Ribeiro, que cita abaixo alguns outros cuidados que devemos ter:

– Higiene em primeiro lugar. Não deixar xixi ou fezes expostas;
– Medicamentos antipulgas costumam ser eficazes no combate de larvas, mas estes devem ser prescritos pelo veterinário;
– É de uma importância não só trocar a água do pet várias vezes ao dia, como já foi dita acima, mas também lavar diariamente as vasilhas com água e sabão;
– Repelentes podem ser usados desde que sejam indicados e prescritos por um veterinário;
– Ralos devem ser higienizados diariamente e devem ser mantidos fechados;
– Mantenha seu pet num local ventilado. Isso dificulta que pragas possam pousar no local;
– Não acumule lixo;
– Use mosqueteiros em portas e janelas;
– Manter a casa limpa, com faxina feita ao menos uma vez por semana;
– Utilize coleiras que repelem pulgas, carrapatos e mosquitos em seus cães, desde que elas sejam liberadas pelo veterinário de sua confiança;
– Se você mora em regiões litorâneas de grande risco para Dirofilariose é muito importante conversar com o veterinário a respeito de um protocolo preventivo.
– Mantenha as vacinas de seus pets em dia e converse com o veterinário a respeito de vacina de prevenção contra Leishmaniose.

Website: https://www.health4pet.com.br/

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