Para aqueles que pensam na aposentaria (e o bom seria se esse número envolvesse 100% dos brasileiros), existem algumas opções no mercado que, para serem escolhidas pelo investidor, dependerá basicamente do horizonte de tempo, dos recursos financeiros e do perfil do investidor. Quando falamos de planos voltados para a previdência privada, podemos dizer que o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – e o PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre -, são duas alternativas para aqueles que buscam por uma aposentadoria livre de dores de cabeça; principalmente nos dias atuais, onde o futuro da Previdência Social no País é incerto.
Mas então, em qual deles investir? Quais são as características de cada um? O Professor Carlos Afonso – também contabilista e administrador – esclarece que ambos os planos geram rendas mensais (vitalícias ou não) após um período de investimentos. “Ambos são ótimas opções, o que o prevalecerá na hora da escolha é o momento de vida do investidor. As variáveis são inerentes a cada pessoa, suas possibilidades e necessidades”, comentou ele, que também é escritor do livro Organize suas finanças e saia do vermelho.
PGBL ou VGBL? Como decidir?
Começaremos as explanações pelo PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre -, que consiste em um modelo de plano previdenciário mais indicado para quem faz a declaração do IRPF – Imposto de Renda Sobre Pessoa Física – no modelo completo, sem exceder a alíquota de 12% do abatimento (deste modo, por meio do PGBL o valor contribuído para a previdência é abatido na declaração).
Exemplo: em 2018, o indivíduo terá um rendimento tributável no valor de R$ 120 mil, assim, poderá contribuir para o PGBL até R$ 14.400,00 durante todo o ano para o plano de previdência do tipo PGBL.
Porém, é válido lembrar que para obter esse plano é necessário também contribuir para a Previdência Social para possuir esse benefício. Na hora de resgatar esse dinheiro, o imposto de renda incidirá sobre os rendimentos auferidos pelo plano, bem como sobre o valor das contribuições pagas.
Já o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre – é indicado para aqueles que fazem a declaração simplificada ou que não contribuem para a Previdência Social, pois não traz qualquer benefício fiscal. Ou seja, os valores pagos não darão qualquer redução na base de cálculo do imposto de renda. Além disso, quando for necessário resgatar o montante o imposto de renda incidirá somente sobre os rendimentos e não sobre os valores pagos.
Forma de tributação no resgate
Ainda de acordo com o professor Carlos Afonso, além de pensar estrategicamente na hora de selecionar o plano ideal, é necessário também escolher qual a melhor forma de tributação no resgate. “A opção de tributação é feita na adesão ao plano e uma vez escolhida não pode ser mais mudada”, comentou. Para este caso, existem duas tabelas para a tributação dos planos de previdência privada, sendo: a progressiva e a regressiva.
No regime de tributação progressivo, os resgates sofrerão a incidência de uma alíquota de 15%, podendo ser compensada na declaração de ajuste anual do imposto de renda que seguirá a tabela progressiva.
Já na tabela de tributação regressiva, quanto maior o prazo de resgate, menor a alíquota de tributação. Como por exemplo, se o tempo de aplicação for de até dois anos a alíquota será de 35%, mas se for acima de 10 anos a alíquota então será de 10%.
Dicas sobre rentabilidade e taxas cobradas
Ainda falando sobre as rentabilidades dos planos de previdência privada e as taxas cobradas, o professor Carlos Afonso dá algumas dicas para que todo o processo seja feito com êxito e longe de taxas abusivas. “Qualquer produto de investimento precisa ser acompanhado, ou seja, observe a rentabilidade do produto escolhido”, salientou Afonso, que ressaltou alguns pontos:
Taxa de administração: fique de olho na taxa de administração cobrada, pois se estiver muito alta, corroí a rentabilidade do fundo. Em outras palavras, sobrará menos dinheiro no seu bolso lá na frente.
Taxa de carregamento: alguns planos de previdência cobram taxas de carregamento que são extorsivas, e incide sobre depósito que é feito. Portanto, dê preferência para os planos que não cobram taxa de carregamento.
Portabilidade: se o fundo escolhido não estiver agradando, é possível fazer uma portabilidade para outro produto.
“Independente do produto que você escolha como estratégia financeira para a sua aposentadoria, pesquise bastante antes de tomar qualquer decisão. Busque diferentes alternativas e as compare. Preste bem atenção nas taxas de administração. Trate seu futuro com todo o carinho que ele merece”, encerrou o professor.
Website: http://www.livrosaiadovermelho.com.br/
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